Fed Segura Taxa de Juros e Especialista Analisa: ‘tem que ter paciência’ Veja!

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (12), que os juros básicos da economia permanecerão inalterados, mantendo-se entre 5,25% e 5,50% ao ano. Essa decisão reflete a determinação do Fed em assegurar que a inflação se aproxime de forma sustentável do objetivo de 2% antes de considerar mudanças nas taxas.

Segundo Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, com essa decisão, o Fed optou pela manutenção dos juros como era o previsto e esperado, mas a tensão estava voltada para os gráficos de quantos descontos teríamos este ano ainda.

“Na minha análise é de que esse ano a gente vai ter apenas uma dimunição da taxa de referência de juros americano porque lá a inflação ainda está longe da meta que é 2%, as próprias previsões de juros longos lá, conforme análise divulgada pelo Fed, aumentou de 2,6% para 2,8%”, explica.

Confiança no Controle da Inflação

Descubra como a decisão do Fed de manter os juros influencia a economia dos Estados Unidas e sua vida financeira!
Foto: Reprodução

A decisão do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) foi unânime, reforçando o compromisso do comitê com a estabilidade e o crescimento econômico contínuos. A taxa de desemprego mantém-se baixa, e os indicadores apontam para uma expansão econômica robusta, mesmo diante de uma inflação ainda considerada elevada.

A gente repara e analisa que sim, a inflação vem diminuindo nos EUA, mas bem gradualmente, bem devagarinho, precisa ter paciência e deve ocorrer apenas no último bimestre do ano uma redução. Isso acaba refletindo direto na nossa Taxa Selic, onde terá uma reunião na próxima semana em que o BC deve optar por manter a taxa também, porque se não levaria à uma fuga do investidor saindo daqui e procurando investir nos EUA, onde poderia acelerar ainda mais o dólar que já vem alto nos últimos dias, com vários aumentos consecutivos”, diz Eyng.

Perspectivas e Vigilância Futura

Olhando para o futuro, o Fed enfatizou que continuará a monitorar de perto as condições econômicas e ajustará sua política monetária conforme necessário. As decisões futuras levarão em conta um amplo espectro de dados, incluindo o mercado de trabalho, pressões inflacionárias, e cenários financeiros e internacionais.

“O investidor, nesse momento, tem que ter cautela com a renda variável, e ficar de olho nos fundos de crédito e FIDCs que vem remunerando muito bem. Inclusive, no mês de maio, quase todos os fundos de renda variável tiveram saques, ampla diminuição, investimentos em ação caindo… já os fundos de crédito do Brasil, FIDC multicedente/ multissacado ampliando os valores em todos os meses do ano”, afirma o CEO da gestora Multiplike.

“Para o empresário brasileiro Selic a 10,50% é alto, muito mais do que o empresário previa, mas historicamente bem abaixo da história da taxa de juros do Brasil que se via nas últimas décadas. O empresário brasileiro sabe navegar muito bem nesse patamar de uma selic em torno de 10,5%, até porque o empresário mundial é o que mais tem experiência nesse cenário”, finaliza Eyng.

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