Daniela Lima admite que não consegue mais esconder que governo Lula é frágil; VEJA VÍDEO

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A jornalista da GloboNews, Daniela Lima, diante do cenário caótico político brasileiro, admitiu que não consegue mais esconder que o governo Lula está frágil e com muitos conflitos internos.

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Nos últimos dias, o estresse no mercado financeiro brasileiro alcançou um nível preocupante. Os investidores não estão mais debatendo apenas o risco fiscal, como a possibilidade de o governo alterar os limites de crescimento de gastos ou a meta de resultado primário, ou ainda se conseguirá aprovar novas medidas para aumentar a arrecadação tributária. Agora, parte do mercado está discutindo se já há uma mudança efetiva no regime de política econômica do governo Lula.

Na última sexta-feira, trechos de uma reunião fechada de investidores com Fernando Haddad vazaram, e, apesar de o ministro da Fazenda negar veementemente o conteúdo das informações divulgadas, o sentimento entre os analistas não foi de preservação da integridade do arcabouço fiscal, como ele garantiu, mas sim de uma grande fragilidade de Haddad no governo. Diante das recentes decisões e declarações do presidente Lula, muitos analistas e investidores cogitam, em conversas reservadas, o risco de Haddad ser substituído por alguém mais próximo do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

O mercado ainda lembra de um movimento semelhante feito pela ex-presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2015, quando substituiu Joaquim Levy no comando do Ministério da Fazenda por Nelson Barbosa. Levy, visto como um economista mais ortodoxo, tinha o apoio dos investidores. Naquela época, a política monetária do governo Dilma era considerada mais leniente com a inflação, e a política fiscal ficou marcada por um grande aumento de gastos e pelas pedaladas que levaram ao seu impeachment.

Essa situação não surpreende, considerando a forte correção dos preços na Bolsa de Valores, na curva de juros e no câmbio. Na segunda-feira, o dólar chegou perto de R$ 5,39, nível não visto desde 5 de janeiro de 2023, logo após a posse de Lula, quando ainda pairavam dúvidas no mercado sobre a política econômica de seu novo mandato.

O mau humor atual com o Brasil fez o preço dos ativos se descolar até de um mercado externo já estressado. A dúvida agora é se os investidores estão apenas zerando posições compradas no Brasil ou se, temendo uma guinada na política econômica, já estão com uma posição líquida vendida, lucrando com a deterioração do país. Nesse cenário, imaginar o dólar a R$ 5,50 não seria difícil.

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