Uma ponte aérea Brasília – Paris (por Roberto Caminha Filho)

As coisas não estão dando nada certo para o nosso Brasil varonil. É rio secando, é seca com chuva a mais e até os pampas resolveram alagar. Assim não dá!

É a esquerda querendo ser Centro, o Centro se entregando para a esquerda. A ultra-direita é esquerda e o povo não sabe para onde correr ou se esconder. A Reforma Fiscal está chegando e não há uma única pessoa dizendo que vai melhorar. Só se fala no aumento de preço dos produtos dos supermercados e dos vestuários.

Eita pau! Do jeito que vai só o Maduro largando a Venezuela e instalando o seu modo de governar por aqui.

É ISSO MESMO!

A vida passou a ser encarada como o samba do crioulo doido.

O Banco Central, aquele que toma conta da nossa moeda está sendo atacado pelo próprio Governo. O Supremo, aquele que toma conta da nossa Constituição, passa por cima dela e a estupra, a cada dia, chegando a agir como se Presidente fosse. O Presidente, a quem devemos respeito e educação para equilibrar as intrigas, está tentando administrar os egos dos seus comandados e a coisa está virando uma loucura.

Eu saí do Brasil e vim para Paris para ver se me situava neste mundo onde tudo é normal e a Angela Merkel, da Alemanha, era uma presidente que morava em um apartamento de quarto e sala e saía para o trabalho pedalando uma bicicleta.

No primeiro dia, tudo estava normal e o Brasil, do futebol feminino, ganhou da Nigéria e acalmou os ânimos de todos. Aí chega o Galinho de Quintino, o nosso disciplinado Zico, com uma história de que foi roubado em três milhões de dólares de dentro da sua mala, na porta do seu hotel. Aí eu vi que a coisa já estava virando Brasil. Um cara de Quintino, em Paris, carregando uma mala com três milhões de dólares, ou está bêbado ou ficou completamente maluco. Esse não é o Zico que todo o Brasil acostumou-se a idolatrar. O certo é que ele nunca falou e muito menos confirmou. A coisa começou a virar de ponta cabeça. O Brasil, começou a vencer a Itália, no voleibol, e, de repente, a coisa degringolou e entregamos um jogo difícil que se tornava fácil. O basquete entregou tudo porque ficava chato ganhar dos franceses, dentro da França. Os nadadores saíram para as maravilhas de Paris e foram expulsos de casa. A moça sabia que não era competitiva e o atleta já havia nadado as suas provas. Se há alguém a ser punido, aproveita a guilhotina na Praça da Concórdia e usa fartamente na Turma do COB.

A jovem Marta, a melhor do mundo, cumpria o seu papel, carregando três japurungas por todo o campo, para marcá-la. O nosso treinador, genial como o Tite na última Copa, em vez de deixar a Marta, que ocupava três jogadoras japonesas com a sua marcação, tirou-a e liberou as três japonesas. A seleção japonesa ganhou força e saiu da defesa e do meio campo, para ocupar a área brasileira. As japonesas ganharam o jogo e nos jogaram para decidir a vaga com a Espanha, a atual campeã mundial. Estou sentindo cheiro de vela preta.

A parte amadora dessa tragédia profissional fica por conta do Departamento Médico do COB e da Esgrima. O Departamento médico do COB ganhou o prêmio de Grande Amadorismo ao permitir a participação da nossa esgrimista Nathalie Moellhausen com um tumor na região do cóccix. A nossa D’Artagnan de saias será operada na próxima semana e esperamos que ela se recupere totalmente. Só a delegação brasileira é capaz de levar uma atleta nas condições da nossa esgrimista.

Uma volta em Paris e um soluço para o Brasil.

 

Roberto Caminha Filho, economista, está impressionado com a distância que o Brasil está dos outros países com mais de duzentos milhões de habitantes.

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