A Secretaria de Saúde do Paraná confirmou a primeira morte por coqueluche no Brasil, após três anos sem nenhum óbito pela doença. A vítima é um bebê de 6 meses, residente na cidade de Londrina. Este triste evento traz à tona a importância da vacinação e da conscientização sobre a coqueluche.
Conforme informações do Ministério da Saúde, há também a investigação sobre a morte de outro bebê, de 3 meses, na cidade de Irati, localizada na região sudeste do Estado, possivelmente causada pela mesma doença. Este cenário alerta para um aumento significativo nos casos de coqueluche no Paraná.
Entre janeiro e a primeira quinzena de junho de 2024, foram confirmados 24 casos de coqueluche no Paraná. Esse número representa um aumento de 500% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando houve apenas quatro diagnósticos positivos. No ano de 2023, foram registrados 17 casos no total.

O que é Coqueluche?
A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela se caracteriza por crises intensas de tosse, que podem durar várias semanas e causar complicações graves, especialmente em bebês e crianças pequenas.
O seu principal modo de transmissão é através do contato direto com gotículas eliminadas pela tosse, espirro ou fala por parte de pessoas infectadas. Não é à toa que a vacinação é fundamental para a prevenção.
Como prevenir a Coqueluche?
A principal forma de proteção contra a coqueluche é a vacinação. Durante a gestação, a vacina oferece proteção ao bebê através da transferência de anticorpos da mãe para o feto. Nas crianças, a imunização é feita por meio das vacinas pentavalente e DTP, que integram o Programa Nacional de Imunizações.
- Pentavalente: Protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b.
- DTP: Protege contra difteria, tétano e coqueluche.
Quais são os Sintomas da Coqueluche?
A doença se divide em três fases:
- Fase catarral: Se assemelha a um resfriado comum, com sintomas como coriza, espirros e febre baixa.
- Fase paroxística: Nessa fase, ocorrem as típicas crises de tosse, que podem ser tão intensas que a pessoa fica com a face avermelhada e os olhos lacrimejantes. Após a crise, é comum ocorrer um “guinho”, um som agudo produzido pela inspiração de ar.
- Fase de convalescência: Os sintomas começam a diminuir gradualmente, mas a tosse pode persistir por semanas.
A coqueluche pode levar a complicações graves, como:
- Pneumonia: Infecção pulmonar que pode ser fatal, especialmente em bebês.
- Convulsões: Crises convulsivas podem ocorrer durante as crises de tosse, principalmente em crianças pequenas.
- Problemas respiratórios crônicos: A coqueluche pode causar danos às vias aéreas, levando a problemas respiratórios a longo prazo.
- Morte: A coqueluche pode ser fatal, especialmente em bebês menores de 1 ano.
O papel da vacinação na prevenção da Coqueluche
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação é essencial para manter a população protegida contra a coqueluche. As vacinas são distribuídas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e fazem parte do calendário de vacinação infantil. É importante que os pais mantenham as vacinas dos seus filhos em dia para prevenir surtos da doença.
O último pico epidêmico de coqueluche no Brasil ocorreu em 2014, com mais de 8.500 casos confirmados. Esses dados evidenciam a importância contínua da imunização para evitar o retorno de surtos significativos.
A conscientização da população sobre a importância da vacinação e a observação de possíveis sintomas da coqueluche são práticas essenciais para combater a doença e proteger as crianças, principalmente os mais vulneráveis como os bebês.
Para mais informações e orientação sobre a vacinação contra a coqueluche, é recomendado consultar um profissional de saúde ou procurar uma unidade de saúde mais próxima.