Inflação de 2024 estoura meta e impacta cesta básica e carnes


Inflação em 2024: Uma pressão no orçamento
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2024 em 4,83%, superando o teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Banco Central. O descumprimento da meta exigirá que o presidente do Banco Central apresente explicações ao Ministério da Fazenda, detalhando as razões do desvio e as medidas planejadas para conter o problema.

O grupo “Alimentação e Bebidas” foi o maior responsável pela alta, acumulando aumento de 7,69% no ano, enquanto combustíveis, como a gasolina, tiveram elevação de 9,71%. Esses itens exerceram forte pressão sobre o orçamento das famílias, principalmente das de menor renda.


Cesta básica: Alta generalizada em todo o país
O custo da cesta básica subiu em todas as capitais brasileiras, com destaque para João Pessoa (+11,91%) e São Paulo (+10,55%), que também registrou o maior custo total, alcançando R$ 841,29. Florianópolis e Porto Alegre vieram logo atrás, com valores superiores a R$ 780,00.

Itens essenciais como o café, que subiu impressionantes 39,6%, e o arroz, que acumulou alta de dois dígitos, foram os principais vilões na composição da cesta. Esse aumento teve impacto direto no consumo das famílias, obrigando muitas a reverem suas prioridades.


Carnes: A alta mais sentida na mesa do brasileiro
As carnes tiveram um aumento médio de 20,84% ao longo de 2024, tornando-se um dos itens mais impactantes na inflação geral. Entre os cortes mais afetados, o acém registrou alta de 25,24%, seguido pelo patinho (+24,13%) e o contrafilé (+20,06%).

Mesmo cortes nobres, como a picanha, sofreram aumentos relevantes, subindo 8,74% no ano. O cenário foi agravado por fatores como instabilidade climática, aumento das exportações e desvalorização cambial, que encareceram a produção e dificultaram o acesso ao mercado interno.


Combustíveis e serviços também pesaram
Além dos alimentos, o aumento dos combustíveis contribuiu para a alta inflacionária. A gasolina, com alta acumulada de 9,71%, foi um dos itens que mais pressionou o IPCA, impactando tanto o transporte de produtos quanto os gastos das famílias.

O setor de serviços, operando em níveis elevados, e os custos com energia elétrica também ajudaram a manter os preços em patamares elevados, reforçando o desafio de controle inflacionário para 2025.


Perspectivas para 2025
Especialistas projetam que a inflação em 2025 pode ultrapassar 5%, considerando a manutenção de fatores como câmbio elevado e pressões no setor de alimentos e combustíveis. A necessidade de políticas econômicas eficazes é urgente para mitigar os efeitos sobre a população, especialmente sobre aqueles que já enfrentam dificuldades para adquirir itens essenciais.


A alta dos preços em 2024 reforça a urgência de estratégias para estabilizar a economia, especialmente em itens que afetam diretamente o bem-estar das famílias brasileiras.

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