CEO de concessionária revela que avião pousou ‘fora do ponto ideal’ em Ubatuba; veja detalhes

No litoral norte de São Paulo, o Aeroporto de Ubatuba tornou-se o foco de discussões após um acidente fatal envolvendo uma aeronave a jato nessa quinta-feira (9/1). Este aeroporto, comumente utilizado por helicópteros e aeronaves turboélice, experienciou um pouso problemático que resultou na morte do piloto e ferimentos em uma família que estava a bordo. As condições meteorológicas adversas, aliadas a limitações estruturais do aeroporto, foram fatores determinantes neste acidente.

O incidente levantou questões sobre a adequação das operações de aviões a jato em Ubatuba. Devido ao seu tamanho e capacidades limitadas para receber pousos e decolagens de aeronaves maiores, o local depende de condições visuais para operação, carecendo de torre de controle e sistemas avançados de navegação por instrumentos.

Foto: Reprodução/X

Como São as Restrições no Aeroporto de Ubatuba?

O aeroporto de Ubatuba apresenta certas restrições que tornam desafiador o pouso de aviões a jato. Com pista limitada, a operação dessas aeronaves demanda precisão extrema, uma vez que necessitam de maior distância para pouso. A falta de uma torre de controle pode levar a um aumento no risco operacional, especialmente em condições climáticas adversas, como nevoeiro intenso que complica a visibilidade.

Esse acidente ressalta a necessidade de se considerar soluções que aumentem a segurança, como a introdução de infraestruturas de apoio à navegação por instrumentos, o que facilitaria consideravelmente o gerenciamento de voos em condições difíceis.

O chefe executivo da concessionária do aeroporto de Ubatuba, Marcel Moure, comentou sobre a situação com surpresa. “Pelo que mostram as câmeras, o ponto de toque da aeronave foi bem à frente da marcação inicial. Os cerca de 600 metros necessários para essa operação já eram críticos, e isso não tenho dúvida. Era uma situação bem delicada, que ficou ainda mais restrita”, afirmou ele.

Localizado em frente à praia, o aeroporto de Ubatuba possui o mar de um lado e a serra do outro. A pista, com 940 metros de extensão, tem apenas 560 metros disponíveis na direção em que o avião pousou. De acordo com o manual da aeronave, que foi acessado pelo g1, em condições de pista molhada, o avião precisaria de no mínimo 838 metros para completar a parada.

Moure também ressaltou que pousos de aeronaves a jato no aeroporto são “muito raros”. Ele explicou que o aeroporto recebe principalmente helicópteros e aeronaves turboélice. “Não lembramos a última vez que uma aeronave a jato pousou aqui. É algo extremamente incomum”, concluiu.

Qual o Papel da Tecnologia na Segurança Aérea?

A segurança no setor aéreo depende significativamente do uso adequado da tecnologia. Torres de controle, sistemas de radar e equipamentos de comunicação são cruciais para garantir que aeronaves possam operar com segurança em diversos tipos de condições meteorológicas. O Aeroporto de Ubatuba, com menos de 5 mil operações por ano, não possui a mesma infraestrutura comparável a locais de maior movimento, como o Aeroporto de Jundiaí.

Uma revisão nas políticas de implementação de equipamentos de mediação pode ser uma prioridade para garantir que acidentes como este sejam minimizados. O uso de tecnologia de navegação por instrumentos, como VOR (VHF Omnidirectional Range) e ILS (Instrument Landing System), pode ajudar a orientar aeronaves em fases críticas do voo.

Qual o Impacto das Condições Meteorológicas?

O acidente destacou a importância das condições meteorológicas em operações aéreas. Ventos fortes, chuva e, no caso específico de Ubatuba, denso nevoeiro, podem tornar o pouso complicado até mesmo para pilotos experientes. A percepção situacional em tais cenários é crucial, e decisões rápidas precisam ser tomadas com base em dados limitados.

Relatos indicam que o plano de voo original permitia uma alternativa em caso das condições em Ubatuba não serem favoráveis, mas no momento do acidente, o piloto já havia se comprometido em pousar. Isso levanta uma discussão sobre a importância de monitoramentos meteorológicos constantes e comunicação clara entre pilotos e controladores de voo, onde disponíveis.

Para melhorar a segurança operacional, medidas como o aprimoramento das instalações aeroportuárias, treinamento intensivo para situações de emergência e revisões rigorosas dos procedimentos podem ser necessários. As autoridades podem considerar incluir equipamentos de monitoramento de segurança adicionais e implementar treinamentos regulares de resposta a emergências para o pessoal do aeroporto.

O post CEO de concessionária revela que avião pousou ‘fora do ponto ideal’ em Ubatuba; veja detalhes apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.