Netanyahu diz que cobrará “alto preço” em caso de vingança do Irã

Benjamin Netanyahu, premiê de Israel, afirmou, durante comunicado televisionado nesta quarta-feira (31/7), que seu país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã. Em tom de ameaça, o primeiro-ministro disse também que cobrará um preço alto por qualquer agressão contra Israel.

“Cidadãos de Israel, dias desafiadores estão por vir. Desde o ataque em Beirute, há ameaças vindas de todas as direções. Estamos preparados para qualquer cenário e permaneceremos unidos e determinados contra qualquer ameaça. Israel cobrará um alto preço por qualquer agressão contra de qualquer arena”, afirmou Benjamin Netanyahu.

Também nesta quarta, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, prometeu vingança a Israel pela morte de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, no Irã, em um atentado aéreo nas primeiras horas desta quarta-feira (31/7). O chefe palestino estava no país para participar da posse do presidente Masoud Pezeshkian.

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Masoud Pezeshkian, presidente eleito do Irã, encontra-se com Ismail Haniyeh

TVs do Irã anunciam morte de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas
Líder político do Hamas, Ismail Haniyeh
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O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh aparece ao lado do brasileiro Geraldo Alckmin, horas antes de ser morto

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Masoud Pezeshkian, presidente eleito do Irã, encontra-se com Ismail Haniyeh

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TVs do Irã anunciam morte de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas

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Líder político do Hamas, Ismail Haniyeh

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Tanto o Hamas quanto o Irã acusam Israel pela morte. O governo israelense, no entanto, não assumiu a autoria do assassinato e afirmou, através de um porta-voz, que não fariam comentários sobre o caso.

Mesmo assim, Khamenei prometeu “punição severa” para Israel, que afirmou “estar em alerta máximo para possíveis retaliações por parte do Irã”. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que o país “não quer guerra”, mas que estão “preparados para todas as possibilidades”.

Países condenam ataque

Turquia, China, Rússia e Palestina se posicionaram contra o ataque ao território iraniano.

“Que Deus tenha misericórdia do meu irmão Ismail Haniyeh, que foi martirizado como resultado deste ataque hediondo”, escreveu o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na rede social X, denunciando “barbárie sionista”.

Em coletiva de imprensa, o porta-voz diplomático chinês Lin Jian afirmou que a China está “muito preocupada com este incidente” e que o país se opõe e condena “este assassinato”.

A Rússia, por sua vez, denunciou um “assassinato político inaceitável”, que levará “a uma nova escalada das tensões”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, à agência de notícias estatal RIA Novosti.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, também reagiu e pediu aos palestinos que “se unam, mostrem paciência e firmeza diante da ocupação israelense”.

Segundo ele, a morte de Hanyeh pode levar a uma escalada da violência na região.

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