Trump vai assumir presidência dos EUA com ameaça de morte vinda do Irã

Mesmo que quase cinco anos tenham se passado, o assassinato de um dos homens mais poderosos do Irã ainda é um assunto indigesto na história do país, que desde então ameaça vingança pelo episódio. Um dos principais alvos do regime liderado pelo aiatolá Ali Khamenei é Donald Trump, que assume a presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025 com um alvo desenhado na testa.

Aos 62 anos, Qassem Soleimani foi morto em 3 de janeiro de 2020, durante um ataque aéreo norte-americano em Bagdá, no Iraque, a mando de Trump. O ex-major-general da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) era apontado como a mente por trás da estratégia militar do Irã e acusado de participar de ataques contra instalações norte-americanas no Oriente Médio.

Desde que Trump ordenou a ação, sob a justificativa de que a morte de Soleimani iria deter planos de futuros ataques do Irã contra os EUA, autoridades do país persa sempre reforçam a retórica de vingança contra o bilionário republicano.

Em 2023, um general da nação comandada pelo aiatolá Ali Khamenei chegou a afirmar que o Irã ainda quer matar Trump, assim como Mike Pompeo e Frank McKenzie, duas importantes figuras militares no primeiro mandato de Trump.

Plano recente

Em meio a campanha presidencial dos EUA, o FBI identificou um suposto plano iraniano que tinha como objetivo o assassinato de cidadãos dos EUA, incluindo Trump.

Na época, três suspeitos de participar da trama foram identificados pelo FBI: Farhad Shakeri, Jonathon Loadholt e Carlisle Rivera.

Os dois últimos foram presos, enquanto Shakeri segue foragido. ele é apontado como membro do Corpo da Revolução Islâmica, e vive em Teerã, capital do Irã.

Shakeri, 51 anos, chegou a morar nos EUA quando era criança. Ele enfrentou problemas com a lei, foi preso e acabou deportado em 2008. Durante o período em que esteve no sistema carcerário norte-americano, o iraniano teria criado uma rede de contatos, usada posteriormente para cooptar cidadãos do país para missões.

Loadholt e Rivera faziam parte dessa rede de norte-americanos. Eles teriam recebido a missão de assassinar um cidadão dos EUA “crítico aberto do regime iraniano”. A identidade da suposta vítima não foi divulgada, e o plano também não chegou a ser concluído.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, Shakeri teria recebido ordens diretas do IRGC, em outubro, para elaborar um plano que buscava assassinar Trump – que também acabou não saindo do papel.

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