Desempenho do Fundo Verde em 2024 e Estratégias de Investimento para 2025

O Fundo Verde, gerido por Luis Stuhlberger da Verde Asset Management, destacou-se no mercado financeiro em 2024 ao superar o CDI, consolidando seu sucesso pelo terceiro ano consecutivo. Durante este período, o fundo obteve um crescimento superior a 12%, enquanto o CDI apresentou um retorno de quase 11%. As estratégias que auxiliaram nesse resultado envolveram posições vendidas em ações brasileiras e uma aposta contra o real em relação ao dólar.

Essas práticas fizeram com que o fundo revertesse as perdas enfrentadas inicialmente. No segundo semestre, o reposicionamento estratégico, incluindo vendas na bolsa e investimentos em criptomoedas, foi crucial para essa recuperação. Para 2025, Stuhlberger prevê um futuro ainda desafiador com a continuação do dólar em níveis elevados, podendo impactar a inflação.

Estratégias do Fundo Verde: O ‘Kit Anti-Brasil’

Historicamente, muitos gestores multimercados optavam pelo que chamavam de ‘kit Brasil’, apostando na elevação do mercado de ações, queda do dólar e valorização do real. No entanto, a Verde Asset seguiu um caminho oposto em 2024, se afastando de ativos locais e buscando oportunidades no exterior. Esta abordagem proporcionou significativos retornos em moedas e ações globais, embora tivessem enfrentado perdas em juros reais e ações locais no início do ano.

A habilidade do gestor em ajustar as estratégias conforme o andamento do mercado foi crucial para reverter parte das perdas no primeiro trimestre. Isso reflete uma gestão cuidadosa e adaptativa, resultando na superação dos índices de renda fixa tradicionais.

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De que maneira o Dólar Influencia a Inflação em 2025?

A valorização do dólar segue como um desafio para o mercado financeiro, principalmente devido à pressão que exerce sobre a inflação. Em dezembro de 2024, o Banco Central interveio no câmbio, vendendo US$ 33,3 bilhões para mitigar a volatilidade da moeda, que se intensificou em razão do pessimismo geral entre os agentes econômicos. Este cenário persiste, levando à expectativa de que o Banco Central deverá aumentar os juros no próximo ano, reacendendo discussões sobre o equilíbrio entre políticas fiscais e monetárias.

Stuhlberger alertou para as consequências de um modelo econômico dependente de controle fiscal rígido aliado a uma política monetária expansionista. Ele sugere que o cenário econômico está caminhando para um ponto de ruptura, ainda que os riscos já estejam, de certa forma, refletidos nos preços dos ativos.

Alterações nas Alocações do Fundo Verde

Após uma análise do mercado em 2024, o Fundo Verde decidiu diversificar suas alocações. Em novembro, foi feita uma significativa alocação em criptomoedas, um movimento antecipado que ocorreu antes do aumento exponencial do valor do Bitcoin. Simultaneamente, o fundo reduziu significativamente a exposição a ações globais e manteve uma posição vendida na bolsa brasileira.

Na antecipação da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, houve uma reavaliação das alocações em títulos de juros reais, levando à escolha de títulos de inflação implícita como uma alternativa. Essa mudança reforça a capacidade do Fundo Verde de se adaptar às dinâmicas do mercado global.

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