BELÉM – Um corpo baleado: a morte banalizada na cidade do medo

O ano de 2025 começa em Belém com uma preocupante escalada de crimes violentos, refletindo a insegurança que assombra a população da capital paraense. Na noite deste sábado (11), Paulo Rodrigo Gomes dos Santos foi morto a tiros nas proximidades do canal Água Cristal, no bairro da Marambaia. O crime, ainda sem explicação, aumenta as já alarmantes estatísticas de homicídios na região.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o desespero após o ataque. Nas imagens, Paulo aparece ferido, ainda se movendo, enquanto uma mulher não identificada permanece ao seu lado, em uma cena marcada pela angústia e pela impotência. Moradores da área relataram o medo e o choque com o episódio, que evidencia a vulnerabilidade em que vivem.

As motivações do crime permanecem desconhecidas, e a falta de respostas das autoridades aumenta a sensação de impunidade. Até o momento, as Polícias Civil e Militar não se pronunciaram sobre o caso. A Polícia Científica do Pará informou que o corpo de Paulo será submetido a perícia antes de ser liberado para a família.

A execução de Paulo vai para a galeria das estatísticas dos crimes insolúveis, sequer investigados. Belém e sua região metropolitana têm testemunhado um aumento alarmante de crimes violentos, incluindo homicídios, assaltos e agressões. Esses episódios apontam para a fragilidade das políticas de segurança pública e a ausência de uma resposta eficaz diante da criminalidade organizada e da violência urbana.

O bairro da Marambaia, como tantos outros na cidade, é cenário frequente de conflitos e episódios de violência, onde a insegurança faz parte da rotina dos moradores. A sensação de abandono por parte das autoridades ecoa nas vozes de quem vive sob o temor constante de ser a próxima vítima.

O que deve ser feito?

Especialistas em segurança pública defendem que apenas ações integradas entre as esferas municipal, estadual e federal podem conter o avanço da criminalidade. Investimentos em policiamento ostensivo, inteligência policial e programas sociais para jovens em situação de vulnerabilidade são apontados como caminhos possíveis para reverter o cenário de violência.

A sociedade civil, por sua vez, desempenha um papel importante ao cobrar transparência e eficiência das autoridades. É imprescindível que casos como o de Paulo Rodrigo não se tornem apenas estatísticas.

A impunidade é combustível para a continuidade da violência, enquanto a justiça e o apoio às vítimas representam passos fundamentais para restaurar a confiança da população no Estado.

The post BELÉM – Um corpo baleado: a morte banalizada na cidade do medo appeared first on Ver-o-Fato.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.