Segundo suspeito de ataque ao MST tem prisão decretada pela Justiça

São Paulo — A Delegacia Seccional de Taubaté, da Polícia Civil de São Paulo, informou que pediu a prisão temporária do segundo suspeito de ter participado do ataque a tiros ao assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

De acordo com a polícia, o pedido de prisão foi acatado pela Justiça neste domingo (12/1). Italo Rodrigues da Silva, de 29 anos, foi identificado com a ajuda do primeiro suspeito preso, Antônio Martins, conhecido como “Nero do Piseiro”, que confirmou sua participação no crime. Os policiais foram até a casa de Italo, mas não o encontraram. Ele segue sendo procurado.

De acordo com relatos de testemunhas à polícia, cerca de 10 pessoas teriam participado do crime. Segundo a investigação, os tiros ocorreram em meio a uma briga envolvendo a negociação de um lote dentro do assentamento.

O delegado responsável, Marcos Ricardo Parra, da Delegacia Seccional de Taubaté, afirmou neste sábado (11/1) que a principal linha de investigação descarta que o crime tenha relação com o MST ou com disputa fundiárias.

Nero é tido como o mentor intelectual do ataque que deixou duas pessoas mortas e ao menos seis feridos. Até a publicação desta reportagem, o MST confirmava que um militante, Denis Carvalho, segue internado em estado grave e em coma induzido. Outras quatro pessoas passaram por cirurgia, mas estão fora de risco, segundo o movimento.

Além de Nero, outro homem foi preso no local por porte ilegal de arma de fogo. Ele, no entanto, não é tratado como participante do ataque e estaria ali para ajudar as famílias vítimas dos disparos, ainda segundo a polícia.

O caso segue sendo investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté. Além da Polícia Civil, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal (PF) também investigue o caso.

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