Delegados cobram de Tarcísio reajuste salarial prometido na campanha

São Paulo — O Sindicato dos Delegados de São Paulo (Sindpesp) cobrou nessa segunda-feira (13/1) que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) implemente a reestruturação das carreiras da Polícia Civil, cumprindo uma promessa de campanha feita em 2022. A categoria também espera que um aumento salarial seja concedido ainda em 2025.

Em nota enviada à imprensa, o Sindpesp destacou que, apesar do plano de valorização para policiais civis ter sido uma promessa de campanha de Tarcísio, a gestão só fez um reajuste salarial para a classe em agosto de 2023.

A entidade lembrou que o orçamento da Secretaria da Segurança Pública aumentou 11,2% para 2025, alcançando R$ 20,3 bilhões, o terceiro maior orçamento do estado.

Segundo a presidente do Sindpesp, a delegada Jacqueline Valadares, “não faltam recursos para que o governador cumpra sua promessa de melhorar substancialmente os salários dos policiais civis”.

O sindicato reivindica uma reestruturação completa das carreiras, com a criação de uma política salarial consistente e um plano de progressão atrativo que beneficie todas as categorias da Polícia Civil, como delegados, investigadores, escrivães, peritos, papiloscopistas e agentes.

Para os policiais, as medidas precisam ser adotadas ainda este ano, para evitar que o projeto fique estagnado por conta do calendário eleitoral em 2026.

Os delegados ainda mencionam como exemplo os reajustes salariais progressivos realizados pela gestão do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), para policiais civis do estado, e pelo presidente Lula (PT), para agentes da Polícia Federal (PF) e para a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“São Paulo é um dos estados que pior paga seus delegados – está na 22ª colocação nacional, entre todas as unidades da federação, mesmo sendo o mais rico do país em arrecadação. Trata-se de realidade inaceitável e que, infelizmente, leva à constante saída de delegados de nossos quadros, favorecendo o déficit, que, hoje, é de 34%”, disse a presidente do Sindpesp.

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