“Menina Etrom” insulta jovem em rua do DF: “Deve ser africano”. Vídeo

Conhecida nas mídias sociais como “a menina do Ministério Etrom”, Lusimar Augustinho da Silva, 53 anos, voltou a atacar pessoas nas ruas do Distrito Federal.

Nesta quinta-feira (16/1), ela divulgou um vídeo em que aparece ao insultar um jovem. Na gravação, ela profere ofensas como “desgraçado” e “isso deve ser africano, olha o cabelinho de ‘nego’ dele”.

Inicialmente, a vítima fica surpreendida com a atitude e parece não acreditar no que aconteceu. Depois de entender que os insultos eram direcionados a ele, o jovem responde: “Racista! Eu não tenho medo”.

Apesar disso, Lusimar continua: “Africano, desgraçado”. E a vítima rebate. “Eu não tenho medo de você. Você acha que é quem?”, questionou o jovem. Por fim, a “menina do Ministério Etrom” chama a vítima de “criminoso”.

Assista:

 

 

Pedimos nota para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), mas nenhuma ocorrência foi localizada. Talvez o caso ainda não tenha sido registrado na delegacia de polícia.

Quem é a “menina do Ministério Etrom”?

Montagem com foto colorida da Lusimar, menina do Ministério Etrom - Metrópoles
Lusimar é conhecida nas mídias sociais e responde a vários processos pelo Brasil

Desde que fugiu de um hospital psiquiátrico, Lusimar responde a vários processos na Justiça por racismo, ameaça e difamação. Figura popular nas redes sociais, ela ficou famosa por publicar vídeos nos quais ofende verbalmente pessoas em locais públicos e faz discursos desconexos que misturam religião, sexo e mania de perseguição.

A reportagem do Metrópoles foi atrás do passado de Lusimar e descobriu que ela é acusada por crimes há quase uma década, em ao menos quatro diferentes unidades da Federação: Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul. Raramente as autoridades conseguem localizá-la para que responda às acusações.

Em 2024, Lusimar ganhou destaque na imprensa após cometer injúria racial contra um segurança em São Paulo e quando foi detida por stalking – perseguição – no DF.

As acusações contra ela, no entanto, não são recentes. Em 2020, Lusimar perseguiu e difamou estudantes de um colégio militar. No ano anterior, ameaçou uma mulher grávida e o bebê em diversos comentários pelo Instagram.

Em 2022, acusou falsamente um manobrista de cometer estupro, por meio de um vídeo divulgado, forçando-o a se explicar ao próprio chefe. Além disso, em 2015, ameaçou jornalistas.

Fuga e pedido de socorro

Natural de Montes Claros (GO), pequena cidade na divisa com o Mato Grosso e menos de 10 mil habitantes, Lusimar tem um único irmão, mais velho.

A mãe dela morreu durante o parto, e o pai faleceu enquanto Lusimar ainda era criança. Criada pelos avós em Goiânia (GO), também já falecidos, a influenciadora teve uma juventude marcada pela discrição.

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Polícia recolheu imagens para tentar localizar Lusimar em Porto Alegre (RS)

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Conhecida na internet, Lusimar é acusada de racismo e ameaça

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Polícia recolheu imagens para tentar localizar Lusimar em Porto Alegre (RS)

Trabalhou em uma ótica, evitava contato social e era frequentadora assídua da igreja, mas, com o tempo, essa postura mudou. Processos judiciais detalham que Lusimar fugiu do Hospital Psiquiátrico Casa de Eurípedes, na capital goiana, em 2007. À época, ela havia sido dada como desaparecida pela avó.

Um ano após depois, ela abriu uma página na internet chamada Blog Neutro e escreveu 7,8 mil publicações entre 2008 e 2017. As publicações ficaram cada vez mais desconexas com o passar do tempo, mas o aparente sofrimento mental de Lusimar era perceptível pelos primeiros textos.

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