“Masculino e feminino”: políticos celebram fala de Trump sobre gênero

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no primeiro discurso ao ser reconduzido à Casa Branca, nesta segunda-feira (20/1), declarou que irá acabar com os programas de diversidade do país e mudar políticas de gênero. O posicionamento do político norte-americano está sendo comemorado no Brasil por políticos conservadores e ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Esta semana, também porei fim à política governamental de tentar incorporar socialmente a raça e o gênero em todos os aspectos da vida pública e privada. Vamos forjar sociedade que não enxergará duas cores e será baseada no mérito. Será política oficial dos EUA que existam apenas dois gêneros: masculino e feminino”, discursou Trump.

O que aconteceu:

  • Donald Trump foi empossado nesta segunda como o 47º presidente dos Estados Unidos.
  • Um dos pontos de seu discurso foi contra programas de diversidade e em defesa da existência de dois gêneros, o masculino e o feminino.
  • O discurso está sendo bem recebido por políticos conservadores no Brasil. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), por exemplo, chamou o discurso de “revolução do senso comum”.

Ainda no ano passado, durante uma conferência para jovens conservadores norte-americanos, Trump já havia dito que iria “deter” o que classificou de “loucura transgênero”.

“Assinarei ordens executivas para acabar com a mutilação sexual infantil e tirar os transgêneros do Exército e das nossas escolas dos ensinos fundamental e médio”, afirmou Trump, em dezembro de 2024.

Reação no Brasil

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), que viajou para os Estados Unidos para acompanhar a posse de Trump, comemorou a declaração do novo presidente norte-americano e elogiou o discurso do político.

“Restaurar a liberdade de expressão, fim da perseguição política, fim da agenda woke da ideologia de gênero, gestão eficiente do estado, e seu maior legado, ser um ‘peacemaker’ agente da paz, e inspirar a admiração do mundo por ser a nação mais forte e próspera. Esses apenas uns aspectos. Que discurso!”, escreveu Bia Kicis na rede social X.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos principais nomes contra políticas para pessoas trans, chamou o discurso de Trump de “revolução”. “A revolução do senso comum”, pontuou o político mineiro, em postagem em inglês. “Masculino e feminino – Nikole estava certa”, escreveu ele, em outra postagem, fazendo referência a um discurso que fez na Câmara ironizando uma mulher trans.

A também deputada Adriana Ventura (Novo-SP) elencou como ponto principal da posse o reconhecimento de apenas dois gêneros por Donald Trump.

“Trump, em seu discurso, ressaltou que revogará todos os atos de governo que sejam base para prática de censura nos EUA. Comprometo-me a revelar documentos mantidos em segredo também. As bases de uma democracia são exatamente essas: liberdade de expressão, de imprensa e transparência”, complementou a parlamentar do Novo sobre o discurso de Trump.

O gênero, segundo acadêmicos, está relacionado aos papéis sociais atribuídos as pessoas pela sociedade com base no sexo biológico.

O ex-presidente Jair Bolsonaro não foi autorizado a participar da posse de Trump. Ele chegou a pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a devolução do passaporte e autorização para viajar aos Estados Unidos, mas ambas as solicitações foram negadas.

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