Golpes com Pix devem crescer 5 vezes e chegar a R$ 11 bilhões até 2028

Um estudo divulgado nesta terça-feira (21/1) pela ACI Worldwide aponta que os golpes financeiros relacionados ao Pix devem registrar um crescimento de 5 vezes nos próximos três anos, ultrapassando a marca de R$ 11 bilhões em perdas aos clientes de bancos.

Ainda de acordo com o levantamento da empresa americana, especializada no desenvolvimento de serviços de tecnologia com meios de pagamento, o Brasil aparece na primeira colocação do ranking global de golpes envolvendo pagamentos digitais.

  • Entre os seis países analisados no estudo, o Brasil deverá responder por cerca de 25% dos golpes financeiros digitais nesse período, diz o relatório.
  • Depois do Brasil, com a projeção de R$ 11,4 bilhões em fraudes, aparecem Reino Unido, Índia, Emirados Árabes, Estados Unidos e Austrália.

“À medida que a rápida adoção global de pagamentos em tempo real transforma a agilidade que o dinheiro se movimenta, permitindo transações mais acessíveis e maior inclusão financeira, os golpistas exploram esse caráter imediato para roubar fundos antes que possam ser rastreados”, afirma o chefe da divisão brasileira da ACI Worldwide, Vlademir Santos, por meio de nota.

“Nesse contexto, a educação do consumidor é um elemento essencial na luta contra a fraude por pagamentos em tempo real”, completa Santos.

Compras são maior alvo

Apenas em 2023, de acordo com os dados da ACI, o Brasil registrou perdas de mais de R$ 2,2 bilhões em golpes digitais, predominantemente via Pix.

As operações de compra são as recordistas de golpes financeiros on-line, com incidência de 22%, seguidas por investimentos (21%) e pagamentos antecipados (17%).

“Para fraudar contas, os golpistas geralmente usam descontos falsos ou datas de vencimento urgentes para levar os consumidores a fazerem transferências espontâneas. Isso, mais uma vez, reforça o papel crítico da educação do consumidor, visando a encorajar os indivíduos a analisarem bem antes de prosseguir com uma transação”, explica Santos.

O relatório, denominado Fraude Scamscope, foi elaborado conjuntamente com a empresa de análise de dados GlobalData.

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