Quem é Antônio Doido, deputado que teve 2 aliados presos em 4 meses

Em pouco menos de 4 meses, o deputado federal Antônio Doido (MDB-PA) viu dois de seus aliados serem presos pela Polícia Federal (PF). Ambos foram detidos em flagrante em situações semelhantes, ao sair de agências bancárias com dinheiro em espécie.

O caso mais recente, envolve o ex-assessor parlamentar do deputado Jacob Serruya Neto.

Como mostrou a coluna, ele foi preso pela PF na última sexta-feira (17) após ter sido surpreendido por agentes com R$ 1 milhão que teriam sido entregue por um representante comercial próximo a uma agência do Banco do Brasil, em Belém (PA).

O dinheiro, segundo denúncia anônima, seria usado para o pagamento de propina a servidores públicos.

O representante comercial tem ligação com uma empresa que tem contratos públicos. Somente em 2021, diz a PF, a companhia em questão venceu 33 licitações no Pará.

O outro caso ocorreu em outubro de 2024, quando a PF prendeu, em Castanhal (PA),  o coronel da Polícia Militar paraense Francisco de Assis Galhardo do Vale, ligado a Antônio Doido.

O coronel, que estava lotado no Gabinete Militar da Assembleia Legislativa do Pará desde abril de 2023, foi exonerado em 1º de outubro de 2024.

Foram apreendidos cerca de R$ 5 milhões na operação. Além do coronel, outras duas pessoas também foram detidas.

A apreensão ocorreu dois dias antes do 1º turno das eleições municipais. As investigações apontam que o dinheiro seria usado para a compra de votos.

Na época, o atual deputado estava concorrendo à Prefeitura de Ananindeua (PA), cidade que integra a grande Belém e fica a cerca de 20 km da capital paraense.

Recebendo 8,38% dos votos, ele acabou vencido pelo atual prefeito, Dr. Daniel (PSB).

Antes de ocupar um cargo na Câmara dos Deputados, em 2023, Antônio Doido foi prefeito de São Miguel do Guamá (PA), pelo PSDB, de 2017 a 2020. Tentou a reeleição em 2020, mas sem sucesso.

O deputado Antônio Doido não respondeu aos contatos da coluna.

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