Economista analisa os riscos das possíveis tarifas do governo Trump; Veja

As discussões sobre tarifas e políticas imigratórias seguem no centro das preocupações do mercado. Segundo especialistas, essas questões podem desencadear um processo inflacionário mais intenso do que os observados nos últimos anos. “A administração Trump criticou fortemente a gestão de Biden, apontando a inflação e a perda do poder de compra como principais problemas enfrentados pelos americanos”, destacou Bruno Corano, economista, em entrevista para BM&C News.

Tarifas e impacto econômico: o que esperar?

Uma das medidas mais discutidas é a possível imposição de tarifas de 10% sobre todos os produtos e de até 60% em produtos chineses. Apesar do temor de que isso aumente a inflação, analistas acreditam que Trump adotará uma abordagem caso a caso. “Essa estratégia pode eliminar riscos imediatos de alta nos preços, mas o mercado está atento aos desdobramentos”, afirmou o economista.

A política imigratória também é motivo de preocupação. Estima-se que 5% da força de trabalho nos Estados Unidos seja composta por imigrantes ilegais. “Eles estão concentrados em setores como construção civil, agricultura e serviços de entrega”, explicou Corano. Medidas de deportação em massa podem agravar a escassez de mão de obra em áreas essenciais.

Reformas imigratórias: um equilíbrio delicado

Embora não haja clareza sobre como a política imigratória será conduzida, discute-se a possibilidade de facilitar a entrada legal de trabalhadores não qualificados. Essa medida visa mitigar os efeitos da falta de mão de obra, enquanto equilibra demandas do mercado e preocupações sociais.

A administração Trump entende que o sucesso de qualquer governo está diretamente ligado à situação econômica da população. “O que determina o sucesso de uma gestão é dinheiro no bolso das pessoas”, enfatizou Bruno Corano. Nesse contexto, políticas econômicas precisam equilibrar o controle da inflação e o estímulo à economia.

O time econômico formado por Trump é descrito como equilibrado e consciente, priorizando a eficiência e evitando gastos excessivos. “Eles apresentam um perfil diferente de administrações passadas, mostrando uma preocupação maior com as premissas econômicas”, finalizou o economista.

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