Marinha pede para usar carro de luxo apreendido com família de Marcola

A Marinha do Brasil solicitou à Justiça do Ceará autorização para utilizar um veículo de luxo apreendido durante a Operação Primma Migratio, deflagrada pela Polícia Federal em 2024. O pedido, formalizado por meio de um ofício assinado por um comandante da Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará, busca destinar a Toyota Hilux apreendida para a instituição militar.

A Operação Primma Migratio teve como alvo integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), incluindo parentes de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do grupo. O foco da ação foi desmantelar um esquema de jogo do bicho e lavagem de dinheiro, que movimentou mais de R$ 300 milhões no Estado. O veículo, apreendido em abril de 2024, estava ligado aos suspeitos envolvidos no esquema criminoso.

A Escola de Aprendizes-Marinheiros, conforme descrito no pedido, é uma instituição responsável pela formação de Marinheiros para o Corpo de Praças da Armada. A Marinha justifica que há uma “sensível carência de veículos em condições de apoiar as tarefas administrativas” da instituição, o que compromete a eficiência das missões militares.

Além deste caso, outros veículos de luxo apreendidos na mesma operação já foram autorizados a integrar a frota da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), conforme prevê a legislação. O Judiciário, no entanto, ainda não se manifestou sobre o pedido feito pela Marinha.

 

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