Corredor sofre mal súbito na Meia Maratona de SP e morre no hospital

São Paulo — Um corredor amador teve um mal súbito neste domingo (26/1) durante a 18ª Meia Maratona Internacional de São Paulo, em Itaquera, na zona leste, e morreu quando recebia atendimento em uma unidade de saúde da região.

Além dos 21 km, prova na qual o atleta que morreu estava inscrito, também havia percurso de 10 km e 5 km. A organização diz que seguiu todos os protocolos de atendimento.

Nas redes sociais, pessoas que participaram da prova relataram que o homem, de cerca de 50 anos, caiu em meio à corrida e criticaram a demora para chegada da ambulância.

Uma delas foi a médica Thais Albuquerque, que relatou nas redes o que viu no local, contando também que prestou socorro com outros profissionais da saúde, também corredores.

“A gente pediu ambulância, a ambulância demorou muito pra chegar”, disse.

A médica também fez um alerta, com base na sua experiência na prova. “Como está tendo muita corrida, muito mais gente correndo, acaba que eles cobram o valor da corrida, joga a gente lá pra correr e é isso, e a gente que lute, né? E aí a ambulância fica lá no cafundó, entendeu?”

Espalha meia dúzia de pontos de hidratação e é isso. Contrata equipe técnica sem preparo para esse tipo de ocorrência, sabe? É surreal, surreal”, disse.

Thais conta que ela e mais uma médica e dois enfermeiros se juntaram para fazer massagem cardíaca no corredor que sofreu mal súbito. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), não havia registro do ocorrido até as 17h deste domingo.

A prova

A Meia Maratona Internacional de São Paulo foi por muito tempo realizada na região central da capital paulista, com largada em frente ao Estádio do Pacaembu, sendo considerada por muitos a primeira das grandes corridas do ano até então.

Em 2023, a prova foi transferida para Itaquera e o percurso se tornou mais desafiador, com muitas subidas e descidas, por vias como a Avenida Calim Eid, além da própria Radial Leste, no entorno da Estação Corinthians-Itaquera, da Linha 3-Vermelha do metrô.

O fato de a prova ser disputada com as altas temperaturas do verão, após um período de festas de fim de ano, quando muitos corredores ainda estão retomando os treinos, torna tudo ainda mais difícil.

O que diz a organização

Segundo a Yescom, organizadora da prova, o atendimento foi prestado pela equipe médica seguindo os protocolos recomendados. “O evento contava com ampla estrutura de apoio médico, com quantidade de equipamentos acima do recomendado pelos órgãos competentes, e em superioridade às regras da modalidade”, disse, em nota.

A organizadora também afirmou que o atleta foi atendido no evento e encaminhado à unidade médica de referência em equipamento UTI completo. “O mesmo estava responsivo por conta do protocolo realizado. No ambiente hospitalar, o atleta/paciente, ainda responsivo, foi admitido pela equipe médica do local, que deu continuidade ao referido protocolo recomendado”, disse.

Segundo a Yescom, já dentro da unidade hospitalar, “ocorreu um novo rebaixamento do quadro clínico do atleta/paciente, que não correspondeu ao protocolo e infelizmente evoluiu ao prognóstico de óbito”. A empresa também afirmou que lamenta o ocorrido.

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