Ibovespa recua após alta expressiva com Copom e IA chinesa em foco

O Ibovespa abriu esta terça-feira (28) em queda, refletindo um movimento de ajuste após o índice à vista ter registrado uma alta significativa de 2,0% na véspera, encerrando aos 124.861 pontos. Esse recuo ocorre na contramão dos mercados globais, que foram impactados pela adoção de um novo modelo de inteligência artificial na China, o que desencadeou uma forte venda de ações tecnológicas e impulsionou a busca por ativos considerados mais seguros, como títulos governamentais e moedas fortes.

Às 10h20, o Ibovespa opera em queda de 0,40%, cotado aos 124.355,91 pontos.

A introdução de um modelo avançado de inteligência artificial na China gerou preocupação entre investidores globais, levando a uma reação em cadeia nos mercados. A queda nas ações tecnológicas foi acompanhada por uma migração de capital para ativos mais conservadores, em um momento de incerteza crescente sobre os impactos desse avanço tecnológico na competitividade global.

Expectativas para as decisões do Federal Reserve

O principal evento desta semana é a decisão de política monetária do Federal Reserve, prevista para amanhã. O banco central dos Estados Unidos deve manter as taxas de juros inalteradas, mas os investidores aguardam pistas sobre o espaço para flexibilizações futuras. Essa expectativa tem moldado as estratégias de mercado nos últimos dias.

No Brasil, as atenções estão voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve confirmar a sinalização feita em dezembro com uma alta de 1,00 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 13,25%. Além disso, é esperada uma indicação de novo aumento na próxima reunião de março, com possibilidade de ajustes adicionais em maio.

Lula se reúne com setor imobiliário

Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém uma agenda intensa de reuniões nesta terça-feira. Entre os compromissos, destaca-se o encontro com representantes da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), onde serão discutidas iniciativas para estimular o setor imobiliário e fortalecer o mercado de construção civil no país.

Com tantos eventos em destaque, o mercado financeiro segue em ritmo de cautela, monitorando de perto as decisões de política monetária e os desdobramentos do cenário internacional.

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