Putin questiona legitimidade de Zelensky como presidente da Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, voltou a falar sobre possíveis negociações de paz com a Ucrânia nesta terça-feira (28/1). O líder russo, contudo, disse que a situação de Volodymyr Zelensky é um obstáculo para as conversas.

O que aconteceu

  • Desde o início da guerra na Ucrânia, a lei marcial foi adotada no país por Volodymyr Zelensky. 
  • Em meio ao conflito, eleições presidenciais estavam programadas para março de 2023, mas não foram realizadas.
  • O mandato de Zelensky terminou em maio de 2024, e a não realização do pleito passou a ser munição para a Rússia, que contesta a legitimidade do governo ucraniano.

Para o presidente da Rússia, o governo de Zelensky não é legítimo, o que o impediria de revogar um decreto ucraniano assinado em 2022 que previa a “impossibilidade de negociações com o presidente russo”.

“Há um problema”, disse Putin em entrevista à rede estatal VGTRK. “Quando o antigo chefe do regime [ucraniano], e podemos chamá-lo assim hoje, assinou este decreto proibindo conversas com a Rússia, ele era um presidente legítimo, mas agora ele não pode revogá-lo porque ele é ilegítimo”.

O governo de Volodymyr Zelensky ainda não se pronunciou sobre as declarações de Putin, que surgem em meio a expectativa de que as negociações de paz sejam impulsionadas pela nova administração dos Estados Unidos, liderada por Donald Trump. 

Mesmo antes do republicano assumir a Casa Branca, Putin demonstrou interesse em falar sobre a possibilidade de paz para a guerra, que pode completar três anos sem solução, com o governo dos EUA. Até o momento, no entanto, ainda não estão previstas reuniões ou encontros para discutir o assunto.

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