Polícia indicia 6 corintianos por briga com torcedores são-paulinos

São Paulo — A Polícia Civil de São Paulo indiciou seis torcedores do Corinthians por envolvimento em uma briga com são-paulinos no último domingo (26/1), momentos antes dos dois times se enfrentarem pela 4ª rodada do Campeonato Paulista. Eles foram identificados por câmeras de reconhecimento facial.

Vídeos que circulam nas redes sociais flagraram o momento do embate, ocorrido na Avenida Marquês de São Vicente, na região da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Nas imagens, é possível ver torcedores carregando pedaços de paus e correndo. Também é possível ouvir barulhos de rojões lançados entre os envolvidos na confusão. Veja:

Segundo o delegado Cesar Saad, titular da Drade, os seis corintianos foram indiciados por associação criminosa, provocação de tumulto (crime que consta na Lei Geral de Esportes). “Eles podem ser afastados dos estádios por um período de três anos”, disse o delegado ao Metrópoles.

Quatro deles prestaram depoimento nesta quinta-feira (30/1) e outros dois já haviam sido ouvidos anteriormente. Agora, a Polícia Civil vai analisar novas imagens do conflito na continuidade da investigação.

O que aconteceu

• As duas torcidas se enfrentaram na avenida Marquês de São Vicente, zona oeste da capital paulista, por volta de 13h do domingo;
• De acordo com a Polícia Militar de São Paulo (PMSP), cerca de 50 torcedores do São Paulo e do Corinthians estavam envolvidos;
• A briga aconteceu a poucos metros da sede da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), delegacia que investiga brigas de torcidas;
• A Secretaria da Segurança Pública informou que a PM foi acionada para intervir no tumulto;
• Segundo a pasta, os policiais interceptaram parte dos torcedores, acompanhando o grupo até o embarque no metrô da Barra Funda para garantir segurança;
• Não há informações sobre feridos.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) emitiu uma nota de repúdio ainda no domingo (26/1) sobre o episódio. Segundo o texto, a briga, ocorrida a 14 quilômetros do local e 5 horas antes da partida “envolveu criminosos que usam o futebol como pretexto para extravasar índoles violentas”.

Ainda de acordo com a FPF, os envolvidos devem ser banidos de estádios e julgados pelos atos o mais breve possível.