Saiba como deve ser o consumo do melhor suplemento para o cérebro

Prevenir doenças como Alzheimer, Parkinson e demências é um dos benefícios do consumo do melhor suplemento para o cérebro: o ômega 3. Ingerir determinado tipo do composto tem impacto significativo na “memória, aprendizado e raciocínio”, conforme explica Julio Cesar Luchmann, professor de neurociência da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Em entrevista à coluna Claudia Meireles, o doutorando em naturopatia e neurocientista esclarece que há três tipos de ômega 3, sendo eles: alfalinolênico (ALA); eicosapentanoico (EPA); e docosahexaenoico (DHA). Os dois últimos citados foram considerados melhores para o cérebro, segundo um artigo do Canadian Network for Mood and Anxiety Treatments (Canmat).

“O ômega 3 dos tipos EPA e DHA tem evidência máxima como suplemento para o cérebro”, sustenta Luchmann.

Mão direita segurando copo de vidro com água e mão esquerda pegando cápsula de ômega-3 em recipiente pequeno - Metrópoles
O ômega 3 é apontado como o melhor suplemento para o cérebro, segundo o neurocientista

À coluna, Julio Cesar Luchmann elucida sobre os tipos do suplemento e seus benefícios

  • Alfalinolênico (ALA): um ácido graxo encontrado em vegetais, como a linhaça, nozes e azeite de oliva.
  • Eicosapentaenoico (EPA): tem função anti-inflamatória, e participa da formação de uma série de hormônios. É o caso dos esteroidais, como a testosterona.
  • Docosahexaenoico (DHA): fundamental para proteção e funcionamento neuronal, sistema de visão e cardíaco.

De acordo com o especialista, as doses do suplemento apresentadas no mercado costumam trazer 60% de EPA e 40% de DHA “em cápsulas que variam muito de quantidade”. Na avaliação do neurocientista, o ideal é que se faça o consumo de 2 gramas por dia, em média. Com relação a essa quantia, ele destaca haver “poucas contraindicações”.

Representação 3d de cérebro correndo em esteira. Velocidade de pensamento, processamento, cérebro
O suplemento ajuda a saúde cerebral

“Se consumido nas doses recomendadas, que é de até 2 gramas por dia, em média, o ômega apresenta poucas contraindicações”, esclarece Luchmann. Pessoas com condições hepáticas e com problemas de coagulação sanguínea, a exemplo da hemofilia, precisam ser orientadas e acompanhadas por um profissional de saúde. O mesmo vale para pacientes com quadros alérgicos e em tratamento oncológico.

Nas situações de histórico familiar de doenças neurodegenerativas ou indivíduos que tenham indicação específica, a dosagem de DHA puro deve estar na casa de 1 a 1,5 grama por dia, segundo o professor de neurociência.

O doutorando em naturopatia detalha que o ômega 3, principalmente o tipo DHA, tem ação anti-inflamatória; participa da construção das estruturas que formam o cérebro (60% do peso total do cérebro é gordura, os outros 40% são água, proteínas, carboidratos e sais minerais); e melhora a comunicação entre as células do sistema nervoso.

Objeto em formato de cérebro sob prato de comida azul - Metrópoles
A memória é uma das partes beneficiadas com o consumo do ômega 3

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