MPF denuncia dois por incêndio que deixou Brasília sob fumaça em 2024

O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal denunciou duas pessoas apontadas como responsáveis por um dos incêndios que deixaram Brasília sob fumaça em setembro de 2024.

O incêndio criminoso queimou 380 hectares, sendo 220 caracterizados como vegetação nativa de cerrado, na Área de Preservação Ambiental do Planalto Central, às margens da Rodovia DF-290, próximo ao Engenho das Lages.

A área é uma unidade de conservação federal que possui área de 503 mil hectares do bioma cerrado no Distrito Federal.

Segundo MPF, imagens obtidas na investigação mostram que em 25 de setembro, pela manhã, “os denunciados transitavam na Rodovia DF-290, na Ponte Alta do Gama” e, “quando se aproximaram das margens da APA do Planalto Central, um deles desceu do carro e ateou fogo na vegetação.”

“O incêndio causou uma piora considerável nos níveis de poluição atmosférica, causando grandes transtornos para a comunidade local e de todo o Distrito Federal com grande quantidade de fumaça”, diz o MPF em nota.

A denúncia foi apresentada pelo procurador Frederico Paiva. Segundo ele, o incêndio “trouxe muitos problemas para a população como dificuldade para respirar, tosse seca, ardor nos olhos, no nariz e na garganta, entre outros transtornos.”

O fogo iniciado na área de proteção ambiental também atingiu áreas ocupadas por chácaras, residências e instalações rurais, entre elas as pastagens da Fazenda Brasília Avestruz e da Fazenda São Jerônimo do Buritizinho, além da plantação de café irrigado da Fazenda Buritizinho.

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