Às vésperas da eleição na Câmara, partidos do Centrão disputam cargos

Às vésperas de uma eleição que já parece certa na Câmara dos Deputados, partidos do chamado Centrão ainda enfrentam dificuldades para chegar a um acordo sobre os cargos na nova Mesa Diretora. O pleito será realizado neste sábado (1º/2).

O favorito ao cargo é o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB). Apadrinhado pelo atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), ele conseguiu construir um amplo arco de apoio com a maior parte dos partidos da Casa, incluindo bancadas rivais como o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Depois de eleito o presidente, os deputados elegem também os membros da Mesa Diretora, responsáveis por funções administrativas. O grupo é composto por duas vice-presidências, quatro secretarias e duas suplências.

O acordo por estes cargos segue a proporcionalidade do tamanho das bancadas na Câmara e também o apoio a Hugo Motta. Apesar dos combinados já parecerem pacificados, indefinições começaram a surgir com a proximidade do pleito.

O União Brasil, por exemplo, é a terceira maior bancada da Câmara, atrás apenas do PL e PT. Apesar de ter demorado a formalizar o apoio a Motta, o partido agora exige a primeira ou segunda vice-presidência, cargos antes acertados com Altineu Côrtes (PL-RJ) e Lula da Fonte (PP-PE), correligionário de Lira. O partido do atual presidente deve ficar, então, com a segunda secretaria.

Líderes partidários e membros das bancadas se reúnem durante esta sexta-feira (31/1) para finalizar os acordos até sábado, mas o momento ainda é marcado por indefinições. Até o momento, o PT segue confirmado na 1ª secretaria. PSD, PP e Republicanos estão entre os partidos com maiores bancadas que lutam pelas outras cadeiras de secretarias da Mesa Diretora.

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