“Kid preto” pede que Moraes anule delação de Cid por vazamentos

Investigado por suposta tentativa de golpe de Estado, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) seja anulada.


Críticas e delação

  • A Revista Veja teve acesso a um áudio de Cid, registrado no primeiro semestre de 2024, no qual Cid critica a forma como suas confissões eram registradas pela PF.
  • A defesa do “kid preto” pediu a anulação das delações ao ministro Alexandre de Moraes.
  • A partir das indicações de Cid, a PF chegou até o general Walter Braga Netto e à informação de que ele entregou dinheiro a um “kid preto” para financiar as ações para um golpe de estado.
  • Os “kids pretos” são militares da unidade de elite do Exército Brasileiro do Comando de Operações Especiais (Copesp).
  • O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo é investigado por participar de suposto plano para matar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Ao citar áudio divulgado pela imprensa, no qual Cid diz nunca ter dito a palavra “golpe” durante o termo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal (PF), o “kid preto” alega “coação e ausência de voluntariedade na manifestação de vontade do colaborar”.

O que, segundo a defesa do “kid preto” “deslegitima, invalida e torna ilícito o conteúdo do termo do acordo de colaboração premiada firmado entre tenente-coronel Mauro Cid e a PF. Assim, é pedido o reconhecimento da nulidade devido ao que consideram “existência de fundada suspeita de coação do tenente-coronel não só em momento anterior à assinatura do termo de acordo, mas também em momento posterior, em razão da divulgação de áudios na imprensa”.

Em depoimento à Polícia Federal, ele negou envolvimento e disse que comemorava o aniversário dele em Goiânia no dia em que mensagens foram trocadas, em 15 de dezembro de 2022. Um número de celular habilitado por Azevedo em nome de terceiros foi rastreado pela PF em locais onde estariam as autoridades naquela data. O militar alegou que o telefone usado não foi ligado por ele até meados de 20 de dezembro daquele ano.

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