New Balance retorna ao topo do jogo 20 anos após o auge; entenda

Marca de vestuário esportivo que teve início produzindo calçados ortopédicos, a New Balance viveu diversos picos de sucesso entre os anos de 1970 e 2000. Com os recentes lançamentos e colaborações, a etiqueta fundada em Boston, nos Estados Unidos, tem aparecido novamente entre as marcas que mantém o mundo dos sneakers conectado com a moda.

Vem entender!

• A New Balance foi criada em 1906 pelo britânico William J. Riley, em Boston, nos Estados Unidos, com foco em calçados ortopédicos confeccionados sob demanda;
• Na década de 1970, a marca viveu seu auge no mundo dos esportes, posição que manteve até meados de 1980;
• A etiqueta não costumava lançar colaborações ou investir em grandes atletas e artistas. Após a pandemia, mudou seu posicionamento no mercado;
• Entre as colaborações, aparecem grifes como Miu Miu, Joe Freshgoods e Aimé Leon Dore.

A New Balance era, no início, uma marca que produzia calçados com fins ortopédicos, e logo migrou para o mundo do atletismo, em meados de 1930. Consolidada no mundo dos esportes, passou a ser destaque no cenário em 1975, quando o maratonista Tom Fleming venceu o circuito de Boston usando um tênis da etiqueta.

Apesar de ser a principal marca esportiva à época, a New Balance não patrocinou atletas, pois acreditava que a marca já falava por si. Essa estratégia, resumida na campanha Endorsed by no one (“apoiado por ninguém”, em tradução livre), foi no rumo contrário das concorrentes como Adidas, que trabalhou no lado cultural; e a Nike, que bombou com a linha Jordan na década de 1980.

Enquanto os jovens iam a loucura atrás dos primeiros Jordans ou dos Adidas Superstars, os mais velhos ficavam com a New Balance por ser uma opção menos chamativa e muito confortável. Essa característica ajudou a estabelecer a New Balance como uma marca de “tiozão”, algo que só mudaria anos depois.

O novo momento da New Balance

Nos últimos tempos, o mercado de calçados assistiu a mudanças gigantes devido à inovação tecnológica e à busca por silhuetas diferentes pelos consumidores. Esse contexto abriu espaço para marcas alternativas voltassem a disputar espaço dentro do “jogo” dos sneakers.

Para a New Balance, essa retomada se deu por conta do universo fashion. A etiqueta passou a colaborar com designers em ascensão e grifes para reestabelecer a marca. Entre as colaborações, Joe Freshgoods e Aimé Leon Dore (ALD) são dois nomes que trabalham com a New Balance desde 2020, sendo a ALD a responsável por repopularizar o New Balance 550.

Outra parceria foi ao lado da marca mais quente do momento, segundo a  Lyst Index: a Miu Miu. Ainda em 2022, a grife subsidiária da Prada inaugurou a parceria com uma edição do sneaker 574, e levou a New Balance para as passarelas do Paris Fashion Week durante a temporada de primavera/verão, em outubro de 2023.

A New Balance também conquistou um hit sozinha, com o lançamento do 9060, um sneaker robusto e com a sola avantajada. O modelo serviu para cobrir a demanda aberta pelos calçados da Balenciaga, que fazem uma clara referência aos tênis de treino da NB que criaram o termo Dad Shoe (tênis de pai, em tradução livre).

Este ano, a New Balance parece estar com o caminho feito para assumir mais protagonismo nas tendências de sneakers, com lançamento únicos e reedições. Em disputa com a Asics, é uma das mais influentes no auge dos retro runners, que unem o design esportivo e tecnológico ao retrô, característica presente em diversos dos seus calçados.

Em continuação às colaborações, a New Balance anunciou parcerias com Comme des Garçons e Junya Watanabe — que já apresentaram seus modelos no Paris Fashion Week Menswear — e Salehe Bemburry, diretor criativo da linha Pollex, da Crocs.