VoePass pede reestruturação financeira sete meses após tragédia em SP

A VoePass ajuizou nesta segunda-feira (3/2) um pedido de tutela preparatória para reestruturação financeira. De acordo com a empresa, os voos seguirão sendo operados de acordo com a programação. A solicitação contempla a reestruturação do endividamento e tem como objetivo organizar os passivos e o fluxo de caixa da companhia. Esse tipo de medida pode servir de preparação para uma recuperação judicial (RJ).

Em 9 de agosto do ano passado, um avião da VoePass partiu de Cascavel (PR) às 11h40 e deveria pousar no Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos). A aeronave, contudo, perdeu sustentação e caiu em Vinhedo, no interior paulista, às 13h22. Morreram 62 pessoas – 58 passageiros e os quatro integrantes da tripulação.

A medida anunciada nesta segunda é uma ferramenta presente na lei de recuperação judicial (Lei 11.101/05), que permite a concessão de uma tutela cautelar aos devedores. Ela é solicitada como se fosse um anúncio de que a empresa pode pedir RJ, mas não está pronta. Nesse caso, a companhia solicita à Justiça um alívio antecipado para que todas as execuções contra ela sejam suspensas.

Em comunicado divulgado à imprensa, a VoePass informou que, em meados de 2024, contava com uma ampla malha e saúde financeira propícia para continuar sua expansão programada, que foi impactada após o trágico acidente do voo 2283, em agosto.

27 imagens

Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo

Destroços de avião
Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)
Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda
Tragédia em Vinhedo: 62 pessoas que estavam a bordo de avião morreram
1 de 27

Modelo do avião era um ATR-72

2 de 27

Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo

3 de 27

Destroços de avião

Reprodução

4 de 27

Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)

Reprodução

5 de 27

Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda

6 de 27

Tragédia em Vinhedo: 62 pessoas que estavam a bordo de avião morreram

7 de 27

Imagens do avião que caiu em Vinhedo (SP)

Reprodução

8 de 27

Avião caiu dentro de terreno vazio de um condomínio em Vinhedo

9 de 27

Ninguém sobreviveu

Reprodução

10 de 27

O avião com 62 pessoas caiu em 9 de agosto deste ano. Ninguém sobreviveu

Reprodução

11 de 27

Avião caiu dentro de condomínio

Reprodução

12 de 27

A partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo

Reprodução

13 de 27

Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda

14 de 27

Os últimos registros do voo mostram que, instantes antes da queda, o avião estava a 5.190 metros de altura

Reprodução/TV Globo

15 de 27

A queda foi de aproximadamente 4 mil metros

16 de 27

Trajeto de avião que caiu em Vinhedo, SP

Flightradar

17 de 27

O relatório preliminar sobre o caso deve ficar pronto em 30 dias

18 de 27

Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)

19 de 27

Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo

Reprodução/TV Globo

20 de 27

Avião com 62 pessoas caiu em SP

Reprodução/TV Globo

21 de 27

Avião caiu dentro de condomínio

Reprodução/TV Globo

22 de 27

Não houve sobreviventes

Reprodução/TV Globo

23 de 27

A queda foi de aproximadamente 4 mil metros

Reprodução/TV Globo

24 de 27

A queda durou 1 minuto

Reprodução/TV Globo

25 de 27

Avião perdeu altitude de forma repentina, segundo investigadores

Reprodução/TV Globo

26 de 27

Copiloto perguntou o que estava acontecendo antes da queda

Reprodução/TV Globo

27 de 27

Avião ficou totalmente destruído

Reprodução/TV Globo

“É importante ressaltar que a medida não engloba os processos indenizatórios ligados ao acidente ocorrido em agosto de 2024, já que esses estão sendo realizados através da seguradora”, diz a nota. “A companhia segue empenhada nas tratativas com as famílias para garantir a conclusão do processo da forma mais ágil e satisfatória possível.”

Na avaliação da VoePass, a medida adotada “se fez necessária, já que o mercado da aviação comercial passa por uma crise setorial”. Com a pandemia, afirma o comunicado, houve o fechamento do espaço aéreo, que restringiu a 30% de realização da projeção de passageiros transportados para o ano de 2020 e impactou drasticamente o fluxo de caixa da companhia”.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.