Gritzbach: delegado de classe especial é alvo de busca e apreensão

São Paulo — O Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo cumprem, nesta terça-feira (4/2), mandados de busca e apreensão contra o delegado especial Alberto Pereira Matheus Junior, investigado por envolvimento em um esquema de corrupção envolvendo o assassinato do relator do PCC, Vinícius Gritzbach.

Alberto Pereira Matheus Junior é delegado de classe especial, um dos mais altos níveis hierárquicos da Polícia Civil. Ele é chefe da seccional de São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Antes de assumir o cargo, ele ocupou postos no Deic, o Departamento Estadual de Investigações Criminais, e no Denarc, o Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes, trabalhando em diversos casos que envolviam o crime organizado. Pelo cargo de delegado especial, ele recebe um salário bruto de R$ 30 mil.

O nome do delegado surgiu nas investigações por meio de um dos policiais militares presos por extorquir o relator do PCC. De acordo com apuração do Metrópoles, foi descoberto um pix para a esposa e o filho do delegado no telefone de um dos PMs presos.

Investigadores suspeitam que esse dinheiro fazia parte de um esquema de propina cobrado para favorecer a facção criminosa dentro da polícia.

O esquema foi revelado durante as investigações da morte de Vinícus Gritzbach, morto em novembro no terminal de desembarque de passageiros do Aeroporto de Guarulhos.

Dias antes de morrer, Gritzbach havia feito uma delação em que apontava que pessoas da Polícia Civil, entre eles, o delegado Fabio Baena e Eduardo Monteiro, recebiam dinheiro para proteger lideranças da faccção criminosa.

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