Zelensky diz que Putin vai envolver Belarus e outros países na guerra

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que Vladimir Putin tem a intenção de envolver Belarus diretamente na guerra do Leste Europeu, que pode completar três anos no fim deste mês. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (5/2), mesmo dia em que Moscou e Minsk ratificaram um tratado de segurança entre os dois países.

Ainda segundo Zelensky, se faltar apoio dos Estados Unidos para a Ucrânia, a Rússia pode ter vantagens “políticas e estratégicas” no conflito.


Envolvimento de Belarus na guerra

  • Liderado por Alexander Lukashenko, Belarus é um dos principais parceiros de Putin no Leste Europeu.
  • O país comandado pelo “último ditador da Europa” faz fronteira direta com a Ucrânia, e com alguns países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
  • Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022, Lukashenko tem expressado apoio incondicional à Rússia.

Em um comunicado, Zelensky também voltou a afirmar que Putin pode mirar em outros países caso Kiev caia.

“Putin provocará outras nações”, escreveu o presidente ucraniano no X. “Polônia ou os estados bálticos podem ser os próximos”.

Sem apresentar provas concretas, Zelensky afirmou que Putin planeja posicionar tropas em Belarus com o objetivo de arrastar outros países da região para o conflito.

“Haverá uma invasão em larga escala? Não sei. Mas uma coisa é certa: ele vai puxar Belarus mais fundo na guerra. Na minha opinião, Belarus já estava envolvida no momento em que lançou mísseis na Ucrânia. Mas seu exército e seu povo não entraram totalmente nessa guerra – ainda. Putin quer que isso mude”, disse o presidente da Ucrânia.

Aliados

Em dezembro do último ano, Rússia e Belarus se aproximaram ainda mais após a assinatura de um tratado sobre garantias de segurança. Entre os pontos do acordo estava previsto o envio do Oreshnink, o míssil hipersônico russo apresentado ao mundo em novembro passado.

Antes, Belarus já havia recebido armas nucleares da Rússia em dezembro de 2023, que podem ser utilizadas contra possíveis agressões ao território bielorrusso, segundo Lukashenko.

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