Anjinho do PCC fugiu para SP após apresentar laudo de câncer terminal

São Paulo – Condenado a 21 anos de prisão por latrocínio (roubo com morte), tráfico de drogas e porte ilegal de arma, Felipe Batista Ribeiro, de 30 anos, conhecido como Anjinho, fugiu do Amazonas, em agosto de 2021, após apresentar à Justiça de Manaus um laudo que constava um diagnóstico de tumor cerebral. Ele é apontado como um braço do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região Norte do país.

O documento fez com que o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) autorizasse o criminoso a cumprir sua pena em regime domiciliar, desde que usasse uma tornozeleira eletrônica. “Ele fugiu em seguida”, afirmou ao Metrópoles, nessa quarta-feira (5/2), o delegado Fernando César de Souza, titular do 37º DP (Campo Limpo).

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Criminoso estava foragido há pouco mais de três anos

Casal estava escondido em apartamento
Membro do PCC, que atuava em Manaus (AM), foi preso junto com a esposa em SP
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Anjinho do PCC era braço da facção no Amazonas

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Criminoso estava foragido há pouco mais de três anos

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Casal estava escondido em apartamento

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Membro do PCC, que atuava em Manaus (AM), foi preso junto com a esposa em SP

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Segundo o delegado, a Polícia Civil amazonense irá solicitar uma perícia para verificar a autenticidade do documento médico entregue por Anjinho, antes de ele fugir.

No momento de sua prisão em São Paulo, na segunda-feira (3/2), ele não apresentava nenhum sintoma ou sequela da doença terminal alegada no laudo. “Se o laudo é falso, não posso afirmar. Só a Polícia Civil do Amazonas pode falar, porque o processo é de lá”, acrescentou o policial civil.

Casal foragido

Apontado pela Polícia Civil como uma importante liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Manaus (AM), Anjinho foi preso junto com a esposa, Jacklyne Karma Barbosa Pedroso, 34, em um apartamento onde ambos estavam escondidos, em Osasco, Grande São Paulo (assista abaixo), onde eram respaldados pelo PCC.

Ambos estavam foragidos da Justiça há pouco mais de três anos. Suas defesas não foram encontradas. O espaço está aberto para manifestações.

O criminoso, conforme registros oficiais, era responsável pelo escoo de drogas, na região Norte, para a maior facção do Brasil.

Antes das prisões, equipes da Polícia Civil de São Paulo fizeram campanas, no limite entre a capital paulista e Osasco, para confirmar a identidade do criminoso e o apartamento onde ele se escondia, junto com a esposa.

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Prisões

Na manhã de segunda-feira (3/2), policiais civis da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), da 3ª Delegacia Seccional Oeste, foram até o 12º andar do prédio em Osasco. Eles estavam armados com fuzis e, após arrombarem a porta do apartamento, entraram no local protegidos por um escudo tático.

No pequeno imóvel estava o casal foragido da Justiça, além de um senhor e um rapaz, que não foram presos.

Anjinho estava em um quarto simples — no qual havia até um varal com roupas secando — no momento de sua prisão, contra a qual não resistiu.

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