“Sou sobrevivente”, reflete Léo Áquilla sobre morte de mulheres trans

Feliz e se considerando uma mulher de sucesso, Leonora Áquilla rasgou o verbo contra a violência e o preconceito. A coordenadora municipal da diversidade em São Paulo, comemora a realização profissional defendendo a comunidade LGBTQIAPN+. “Sou uma sobrevivente”, disse ao refletir sobre a morte de mulheres transgêneros como ela.

“Por que eu posso te falar que eu sou uma mulher de sucesso? Mas eu falo isso com a boca cheia. Porque sucesso é uma coisa relativa”, falou orgulhosa.

Léo completou: “Para muita gente, é ter bilhões na conta. Para outros, é ter só dez apartamentos e viver ali tranquilo de aluguel. Para outros, é só ter a sua laje e onde cair morto.”

Comunidade vítima de violência

A apresentadora seguiu a conversa lembrando que pessoas transgêneros são vítimas da violência, apenas por ser quem são. “Para outras pessoas, como as mulheres trans no Brasil, por exemplo, é só passar de 35 anos”, reforçou.

Ela refletiu: “O país que mais mata a comunidade LGBT, especialmente as mulheres trans, onde a expectativa de vida de uma mulher trans é 35 anos. Eu tenho 54. Então, como não dizer que a minha vida não é um sucesso?”

Coordenadora da diversidade em São Paulo

Leonora Áquilla ainda exaltou seu cargo à frente de um órgão que tem por objetivo defender os direitos dos LGBTs. “Eu sobrevivi. Eu sou uma sobrevivente. Eu trabalho, eu tenho emprego, eu sou coordenadora municipal da maior cidade da América Latina, premiada como a melhor gestora LGBT do país pelo Ministério dos Direitos Humanos de Brasília”, frisou.

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Sorridente, Léo Áquilla participa de evento