TCU aprova abertura de auditoria na Previ após perdas de R$ 14 bilhões

Perdas de R$ 14 bilhões na Caixa Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) levaram o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, a aprovar, na quarta-feira (5/2), uma auditoria na instituição. A medida foi determinada em caráter de urgência.

A perda de R$ 14 bilhões foi apontada pelo ministro Walton Alencar Rodrigues. Ele enxergou “gravíssimas preocupações” quanto ao fato para indicar a necessidade de urgência na abertura da auditoria.

Os valores deficitários de 2024 são referentes ao Plano 1 da Previ. Rodrigues entendeu haver discrepância, pois em 2023 os valores foram superavitários em R$ 5,5 bilhões.

“No ano passado, o desempenho foi substancialmente menor para quase todas as classes de investimento, renda fixa, renda variável, ativos, imobiliários e investimentos estruturados”, disse Rodrigues durante a sessão do TCU que deliberou sobre o assunto.

A provocação feita ao TCU também pediu a destituição de João Luiz Fukanga do cargo de presidente da Previ. Mas a conclusão foi negativa para esta solicitação.

O que diz a Previ

A Previ divulgou uma nota no próprio site ainda na quarta-feira. A instituição previdenciária argumenta que, apesar do déficit de 2024 ocorrer em um cenário de “grande volatilidade”, os “planos continuam em equilíbrio”, e frisou que os resultados positivos de 2023 foram construídos pela mesma gestão do ano passado.

“Não há, portanto, nenhum risco de equacionamento, nem de pagamento de contribuições extraordinárias pelos associados ou pelo Banco do Brasil (BB)”, diz trecho da nota.

A instituição acrescentou ainda que há transparência quanto aos resultados, uma vez que eles são publicados mensalmente “nos canais de comunicação da entidade, mesmo não sendo uma obrigação legal”.

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