Conheça a IA que ouve sua voz e detecta doenças antes que seja tarde

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O cérebro humano é um órgão extremamente complexo, responsável por diversas funções vitais, entre elas a fala. Transformar pensamentos em palavras é uma tarefa que envolve a coordenação simultânea de diversas partes do corpo, como pulmões, língua e boca. A saúde cerebral é, portanto, fundamental para que esses processos ocorram corretamente. Especialistas identificaram que determinadas condições de saúde e doenças podem se manifestar por meio de mudanças na voz dos pacientes.

A IA e o uso na detecção de doenças neurodegenerativas

Neurologistas comportamentais acompanham pacientes com doenças como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), observando que, em alguns casos, alterações vocais são os primeiros sinais dessas condições. Por exemplo, 25% dos pacientes com ELA exibem mudanças na articulação das palavras antes mesmo de outros sintomas surgirem. Esse fato motivou a exploração de tecnologias avançadas para o diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas.

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Como a IA está revolucionando a detecção de alterações vocais?

Com o avanço da inteligência artificial, médicos começaram a testar algoritmos para reconhecer padrões vocais em pacientes que não podiam comparecer a consultas presenciais. A IA se mostrou capaz de detectar mudanças subtis na fala que, muitas vezes, passam despercebidas por especialistas experientes. Essa tecnologia utiliza bancos de dados extensos, contendo gravações de vozes de indivíduos de diversas faixas etárias e condições de saúde, para treinar algoritmos que conseguem diferenciar características vocais e identificar possíveis anomalias.

Qual é o papel das gravações de voz na inovação médica?

Para garantir que a IA seja capaz de distinguir entre uma variação normal de fala e um indicador de uma doença, os pesquisadores coletam dados de um estudo sobre envelhecimento envolvendo pessoas saudáveis de 30 a 90 anos. Esse processo de ensino permite que o algoritmo reconheça como soa uma pessoa saudável em diferentes idades, evitando diagnóstico incorretos baseados em variações comuns da fala.

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Quais são os desafios e objetivos futuros da pesquisa?

O projeto liderado pelo Dr. Hugo Botha visa tornar o monitoramento de saúde domiciliar mais acessível e eficaz. O aplicativo, operado na nuvem, pode ser utilizado por qualquer pessoa com acesso à internet, garantindo maior alcance e comodidade para os pacientes. As gravações de voz são tratadas com a máxima segurança e confidencialidade, com acesso restrito a poucos pesquisadores envolvidos no estudo.

A pesquisa ainda enfrenta desafios significativos, como a necessidade de traduzir o sucesso do algoritmo em resultados concretos para o diagnóstico clínico. A meta final é que a tecnologia esteja disponível para profissionais de saúde ao redor do mundo, possibilitando a identificação precoce de doenças neurodegenerativas em diferentes idiomas e contextos culturais.

Pode a IA revolucionar o diagnóstico em saúde mental?

Se comprovada sua eficácia em testes clínicos, o aplicativo pode transformar como se diagnostica e monitora doenças neurológicas. Isso não apenas melhoraria o acompanhamento médico, mas também proporcionaria uma ferramenta vital para o diagnóstico precoce, permitindo intervenções mais eficazes e personalizadas. A busca por ampliar o alcance do aplicativo com novas amostras linguísticas reflete um compromisso contínuo em expandir os benefícios da inovação tecnológica no campo da saúde mental e neurociência.

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