Condição de reféns e presos vira ponto de embate entre Israel e Hamas

Até o momento, o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas segue sem maiores intercorrências. Contudo, o estado de saúde e a aparência física dos reféns israelenses e presos palestinos têm se tornado um ponto de embate entre os dois lados, que concordaram em suspender temporariamente a guerra na Faixa de Gaza.


Cessar-fogo

  • A primeira das três fases do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas inclui a troca de reféns israelenses por presos palestinos.
  • Segundo os termos iniciais, 33 reféns mantidos em Gaza pelo Hamas serão soltos neste estágio do cessar-fogo. Em troca, Israel deve libertar cerca de mil presos palestinos.
  • Até o momento, 16 reféns israelenses já foram soltos de Gaza e retornaram à Israel. Cerca de 600 palestinos também foram libertados.

Neste sábado, mais três reféns israelenses mantidos em Gaza foram libertados pelo Hamas. Já o número de presos palestinos soltos no 21º dia do cessar-fogo foi de 183.

Logo após deixarem o enclave palestino, os três cativos foram vistos com um semblante abatido, e visivelmente mais magros dede quando foram sequestrados pelo Hamas, em outubro de 2023. Para o governo de Benjamin Netanyahu, as imagens são “chocantes”.

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No 21º dia do cessar-fogo, 183 presos palestinos foram libertados por Israel

Antes e depois dos três reféns israelenses libertados neste sábado (8/2)
Muitos deles estavam detidos há anos
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Cronograma da primeira fase do cessar-fogo entre Israel e Hamas

Arte/Metrópoles

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No 21º dia do cessar-fogo, 183 presos palestinos foram libertados por Israel

Moiz Salhi/Anadolu via Getty Images

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Antes e depois dos três reféns israelenses libertados neste sábado (8/2)

Divulgação/Bring Them Home Now

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Muitos deles estavam detidos há anos

Moiz Salhi/Anadolu via Getty Images

“As imagens chocantes que vimos hoje não passarão despercebidas”, disse o gabinete do premiê de Israel em uma nota.

A mesma reclamação também partiu do grupo palestino, que classificou o estado dos palestinos soltos como uma imagem da “trágica situação” que os prisioneiros enfrentam em centros de detenções de Israel.

“O mundo de hoje está testemunhando a enorme diferença entre o tratamento humano e moral da resistência em relação aos prisioneiros da ocupação, versus o tratamento opressivo e brutal de nossos prisioneiros pela ocupação”, disse o Hamas em uma nota.

De acordo com o grupo, sete dos 183 palestinos presos precisaram ir imediatamento para hospitais da Faixa de Gaza após retornarem ao território da Palestina. 

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