Netanyahu depõe em tribunal de Tel Aviv em julgamento sobre corrupção

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou nesta segunda-feira (10/2) ao tribunal de Tel Aviv, Israel, para prosseguir com seu julgamento por corrupção. Ele é acusado em três casos envolvendo parceiros milionários e de, supostamente, buscar favores regulatórios para a mídia em troca de uma cobertura jornalística favorável.


 

Entenda o caso

  • Netanyahu está sendo acusado por três casos distintos: fraude, quebra de confiança e suborno. O premiê nega todas as acusações.
  • O ciclo de investigação começou em 2017, apresentando outra acusação em 2020, mas apenas em 2021 passou a ouvir testemunhas em virtude da pandemia da Covid.
  • Devido à guerra atual, o processo sofreu inúmeros atrasos a pedido da defesa do primeiro-ministro, que queria que ele fosse ouvido no tribunal em dias não consecutivos e apenas duas vezes por semana entre as 10h e as 15h.

Na primeira acusação, os promotores alegam que Netanyahu supostamente teria recebido do empresário Arnon Milchan US$ 75.800 em charutos e US$ 52.300 em champanhe, entre 2011 e 2016. A mulher de Netanyahu, Sara, também teria recebido US$ 3.100 em joias, mas a acusação alega agora que este valor seria de US$ 45 mil.

Na segunda acusação, Netanyahu teria tentado prejudicar o jornal Israel Hayom, distribuído gratuitamente, para favorecer o Yediot Ahronot. Em troca, o jornal favorecido deveria alterar sua abordagem jornalística e passar a cobrir o primeiro-ministro de forma mais positiva, já que Netanyahu considerava a cobertura atual negativa.

A terceira acusação também envolve Netanyahu negociando uma cobertura mais favorável para um jornal em troca de derrubar a concorrência. Ele é acusado de fraude e quebra de confiança.

Agora, o primeiro-ministro enfrenta todas as acusações no tribunal, enquanto lida com os conflitos relacionados aos planos para a guerra.

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