Ex-assessor de Trump se declara culpado por desvio de US$ 15 milhões

Ex-conselheiro e estrategista de Donald Trump, Steve Bannon se declarou culpado por desviar doações de uma campanha de arrecadação de fundos para construir um muro ao longo da fronteira com o México. Bannon foi condenado a três anos de condicional, mas, após um acordo, não cumprirá pena na prisão nem será obrigado a pagar nenhuma restituição, já que os réus “devolveram milhões de dólares às vítimas”.


O que aconteceu?

  • Steve Bannon assessorou Trump em sua primeira campanha em 2016 e depois serviu como conselheiro no primeiro mandato do presidente.
  • Bannon respondeu na Justiça por desviar dinheiro de uma organização que ele mesmo comandava e chegou a ficar preso por quatro meses em 2024 depois de desobedecer a uma intimação do Congresso e não comparecer às audiências que investigavam a invasão do Capitólio.
  • Ao ser questionado no tribunal, nesta terça-feira (11/2), se ele estava envolvido no esquema de desvio de doações para a construção do muro ao longo da fronteira do México, Bannon afirmou: “Sim, meritíssimo“.

Bannon foi indiciado em 2022 por acusações estaduais de lavagem de dinheiro, conspiração e fraude relacionadas a um esquema de arrecadação de fundos on-line chamado “We Build the Wall”, que pedia doações com o objetivo de construir um muro ao longo da fronteira EUA-México. As informações são da CNN Internacional.

De acordo com os promotores, o “We Build the Wall” arrecadou mais de US$ 15 milhões.

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Essa é a segunda vez que Bannon é condenado criminalmente: ele também foi considerado culpado de desacato ao Congresso por desafiar uma intimação relacionada a uma investigação sobre os eventos de 6 de janeiro. Na ocasião ele ficou quatro meses em uma prisão federal.

Na nova condenação, Steve Bannon conseguiu fazer um acordo com a promotoria. Apesar de não cumprir os três anos de condicional em um presídio, Bannon está proibido de atuar como executivo ou diretor de qualquer organização de caridade ou sem fins lucrativos com ativos em Nova York ou de acessar os nomes dos doadores do programa “We Build the Wall”.

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