Para petistas, Múcio tenta forçar demissão com fala sobre 8 de Janeiro

Lideranças do PT reagiram, nesta terça-feira (11/2), às declarações sobre o 8 de Janeiro dadas pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Na avaliação de petistas ouvidos pela coluna sob reserva, Múcio teria adotado aquele tom na entrevista, veiculada na noite de segunda-feira (10/2), para tentar “forçar” sua própria demissão do cargo por Lula.

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Ministro da Defesa, José Múcio

Advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas
Ataques de 8 de Janeiro
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José Múcio Monteiro, ministro da Defesa

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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Ministro da Defesa, José Múcio

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas

Acervo pessoal

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Ataques de 8 de Janeiro

Agência Brasil

Caciques do PT lembram que Múcio chegou a pedir a Lula, no final de 2024, para deixar o cargo. O ministro, porém, decidiu permanecer por mais um tempo no posto após apelo do presidente.

Múcio “abriu a tampa do esgoto”, diz petista

“Nós nos esforçamos para fechar, mas Múcio abriu a tampa do esgoto. E dele emergiram fascistas defendendo com uma ênfase ainda maior a anistia de golpistas que atentaram contra a democracia e as instituições em 8 de janeiro. Uma vergonha”, afirmou à coluna o advogado Marco Aurélio de Carvalho, que é filiado ao PT e coordenador do Prerrogativas, grupo de juristas progressistas.

Carvalho ressaltou que as declarações de Múcio já começaram a ser usadas “por aqueles que tentaram derrubar o governo que ele próprio integra”, em referência a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O que Múcio disse na entrevista

Na entrevista ao Roda Viva, Múcio defendeu diferenciar penas de condenados pelas invasões golpistas às sedes dos Três Poderes e disse que anistia é uma decisão que cabe ao Congresso Nacional.

O ministro da Defesa também relatou ter pedido ajuda de Bolsonaro para conseguir conversar com os então comandantes das Forças Armadas na transição do governo, no final de 2022.

Múcio disse ainda que os militares teriam evitado o “golpe”, mas, posteriormente, alegou que somente o julgamento pela Justiça poderá afirmar se houve ou não uma tentativa de derrubar o governo Lula.

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