Ex-vice da Mancha foi a local de emboscada antes de crime, diz polícia

São Paulo — O ex-vice-presidente da torcida organizada Mancha Alvi Verde, Felipe Mattos dos Santos, foi um dia antes ao local da emboscada que matou um torcedor do cruzeiro carbonizado e deixou 17 feridos, no dia 27 de outubro, em Mairiporã, no interior de São Paulo.

A informação foi confirmada pela diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, ao Metrópoles.

“Um dia antes conseguimos vincular a presença do vice-presidente no local do crime. Ele está preso e o relatório está com o Ministério Público para denúncia”, afirma a delegada.

Ele ainda contou à reportagem que um outro inquérito policial foi instaurado para investigar a participação de outros participantes no crime, mas que ainda não é possível afirmar o “número certo” de suspeitos.


Denúncia do MPSP

  • O MPSP denunciou 20 pessoas envolvidas na emboscada.
  • Segundo a promotoria, os denunciados assumiram o risco de matar José Victor dos Santos Miranda, de 30 anos, por “motivo torpe, com emprego de meio cruel e que possa resultar perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”.
  • Até o momento, 17 suspeitos foram presos por envolvimento no crime, incluindo o ex-presidente da Mancha Alvi Verde Jorge Luiz Sampaio Santos.

Emboscada da Mancha Alvi Verde

Por volta das 5h do dia 27 de outubro, no km 65 da Rodovia Fernão Dias, trecho de Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo, membros da Mancha Alvi Verde, torcida do Palmeiras, fizeram uma emboscada para torcedores do Cruzeiro.

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A torcida da Máfia Azul foi alvo do ataque

Os agressores dispararam uma chuva de rojões para emboscar as vítimas
Um dos ônibus pegou fogo
O trânsito na rodovia foi interrompido
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Torcedores do Palmeiras emboscaram e espancaram cruzeirenses

Material cedido ao Metrópoles

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A torcida da Máfia Azul foi alvo do ataque

Material cedido ao Metrópoles

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Os agressores dispararam uma chuva de rojões para emboscar as vítimas

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Um dos ônibus pegou fogo

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O trânsito na rodovia foi interrompido

Material cedido ao Metrópoles

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionados para a ocorrência e, no local, encontraram um ônibus incendiado e outro depredado. Rojões, barras de ferro, madeiras e fogos de artifício foram apreendidos.

O Palmeiras está sendo processado no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por quatro familiares de José Victor dos Santos Miranda. A armadilha palmeirense pode ter sido vingança a um ataque semelhante que ocorreu em 28 de setembro de 2022.

Como mostrado pelo Metrópoles, a organizada palmeirense teria monitorado e interceptado os cruzeirenses, que viajavam em dois ônibus na Rodovia Fernão Dias. Os torcedores mineiros voltavam de Curitiba, no Paraná, onde o Cruzeiro jogou contra o Athletico Paranaense.

Os membros da Mancha Alvi Verde são investigados pela Polícia Civil e vão responder criminalmente por homicídio, incêndio, associação criminosa, lesão corporal e promover tumulto, assim como praticar ou incitar a violência em eventos esportivos.

O Ministério Público paulista também investiga a torcida organizada do Palmeiras como facção criminosa.

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