Comando Vermelho determina uso de “internet do tráfico” em comunidades

Como uma grande empresa especializada na prestação de serviços, a facção carioca Comando Vermelho (CV) voltou a investir pesado no ramo tecnológico. Moradores de várias comunidades dominadas pelos traficantes são obrigados a usar, apenas, um provedor clandestino de internet gerenciado pela organização criminosa. A “internet do tráfico” reina em locais como a comunidade do Quitungo, em Brás de Pina, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Faccionados punem com rigor quem desafia a lei paralela dentro das regiões. Da mesma forma, os criminosos impedem a atuação de concessionárias regulares dentro dos domínios do CV. Nos últimos meses,  as polícias Civil e Militar fizeram operações onde foram apreendidos diversos equipamentos e cabos que, segundo apurado, eram furtados.

Desde o ano passado, moradores de diversos bairros de Itaboraí, na Região Leste Fluminense, denunciam que são obrigados a contratar um serviço de internet ligados ao tráfico de drogas. Relatos indicam que provedores independentes foram expulsos da área, forçando a população a aderir ao serviço oferecido por criminosos do Comando Vermelho.

Nas últimas semanas, um novo “provedor do tráfico” foi instalado em alguns bairros. Segundo informações de moradores, esse provedor está vinculado ao Comando Vermelho, e os bandidos têm sabotado sistematicamente a infraestrutura das empresas concorrentes, deixando centenas de residências sem acesso à internet.

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