Ibovespa fecha em queda com dados do Brasil e EUA

Ibovespa fecha em queda com dados do Brasil e EUA

O Ibovespa fechou em queda de 1,69%, aos 124.380,21 pontos nesta quarta-feira (12), devolvendo os ganhos dos últimos dias, pressionado pelo cenário externo negativo e por perdas expressivas em setores-chave do mercado.

Entre os principais fatores que puxam essa desvalorização, estão o desempenho ruim dos bancos, a queda acentuada do petróleo e a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos acima do esperado. Confira os detalhes:

Bancos sofrem rebaixamento e pressionam o Ibovespa

O setor bancário, um dos mais representativos do índice, opera em forte baixa nesta sessão. O destaque negativo fica para as ações do Bradesco (BBDC4), que recuam cerca de 5% após o Goldman Sachs rebaixar sua recomendação de “compra” para “venda”.

O banco teve suas projeções revisadas após a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2024, com os analistas apontando que o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) segue abaixo do custo de capital (COE) até 2027. O Bradesco continua atrás de concorrentes como Itaú (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11), o que elevou a preocupação do mercado.

Petróleo em queda impacta ações ligadas a commodities

Os preços do petróleo seguem em forte queda no mercado internacional, pressionando ações de petroleiras e empresas do setor de energia. O movimento ocorre após rumores de um possível cessar-fogo na Ucrânia, o que reduziria a demanda por ativos considerados refúgio em tempos de conflito.

O barril do Brent, referência global, caía 2,08%, cotado a US$ 75,40 na Intercontinental Exchange (ICE), enquanto o WTI recuava 2,33%, negociado a US$ 71,62 na New York Mercantile Exchange (Nymex). A desvalorização do petróleo impacta diretamente a Petrobras (PETR3; PETR4), cujos papéis figuram entre as maiores quedas do dia.

Inflação alta nos EUA muda expectativas para os juros

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos subiu 0,5% em janeiro na comparação mensal e acumula alta de 3% nos últimos 12 meses, superando as projeções do mercado. O dado gerou forte aversão ao risco, pois reforça a visão de que o Federal Reserve (Fed) pode adiar cortes na taxa de juros.

Atualmente, o Fed Funds está na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, e o mercado esperava que o primeiro corte ocorresse em junho. No entanto, após a divulgação da inflação, as apostas foram adiadas para setembro, reduzindo o otimismo dos investidores. O presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou em audiência na Câmara dos Representantes que a inflação ainda não atingiu a meta de 2%, exigindo cautela na condução da política monetária.


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