EUA: Alta no PPI supera previsões e pressiona política monetária

EUA: Alta no PPI supera previsões e pressiona política monetária

Os índices de preços ao produtor (PPI) nos Estados Unidos subiram acima do previsto em janeiro, reforçando os desafios do Federal Reserve (Fed) no controle da inflação e alimentando dúvidas sobre cortes iminentes nos juros. O dado é um importante termômetro da pressão inflacionária na economia, pois reflete os custos na cadeia de produção antes de chegar ao consumidor final.

O PPI de janeiro registrou alta de 0,4% na comparação mensal, superando a estimativa do mercado de 0,3%. O núcleo do indicador, que exclui alimentos e energia, teve um avanço de 0,3%, alinhado às projeções, mas acima da estabilidade observada em dezembro.

Na base anual, o PPI acumula um aumento de 3,5%, acima dos 3,2% esperados pelo mercado e dos 3,3% registrados no mês anterior. O núcleo do PPI subiu 3,6% em 12 meses, reforçando a persistência da pressão inflacionária.

Mercado reage: juros, dólar e Bolsas em foco

Os dados do PPI foram divulgados um dia após o índice de preços ao consumidor (CPI) surpreender para cima, com a inflação subjacente registrando sua maior alta desde março. Isso levou os investidores a reduzirem drasticamente as apostas de que o Fed iniciará cortes de juros ainda no primeiro semestre de 2025.

Com o mercado assimilando a possibilidade de uma política monetária mais restritiva por mais tempo, os rendimentos dos títulos do Tesouro recuaram, enquanto o dólar perdeu força frente a outras moedas. Nos futuros de Nova York, o impacto foi positivo para algumas ações, diante da expectativa de que a economia possa continuar crescendo apesar dos juros elevados.

Fed pode adiar cortes: expectativas de inflação em foco

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, comentou que as expectativas de inflação seguem “bem ancoradas”, permitindo ao banco central manter paciência antes de realizar qualquer ajuste nos juros. Entretanto, analistas avaliam que os recentes dados de inflação podem levar o Fed a reconsiderar cortes ainda em 2025, dependendo da evolução do mercado de trabalho e dos próximos relatórios econômicos.

A decisão do Fed de manter ou não a taxa básica de juros será um fator crucial para os mercados globais, impactando investimentos, preços de ativos e a força do dólar nos próximos meses.


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