PF deflagra grande operação contra desvio de emendas; veja quem são os alvos

Nesta quinta-feira (13/2), a Polícia Federal deflagrou a operação EmendaFest, cumprindo 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal. A operação se concentra em desvios de recursos públicos relacionados a emendas parlamentares. Um dos alvos foi um assessor do deputado federal Afonso Motta, além de um funcionário do estado do Rio Grande do Sul.

A operação investiga a prática de corrupção ativa e passiva, além de desvios de recursos. Foram afastados Cliver André Fiegenbalfm, diretor administrativo e financeiro da Metroplan, e Lino Rogério da Silva Furtado, secretário parlamentar do deputado Afonso Motta, atuando no cargo desde outubro de 2016. Contra ambos, foram cumpridos mandados para a apreensão de celulares e computadores.

Como os alvos são acusados?

PF deflagra grande operação contra desvio de emendas; veja quem são os alvos
Polícia Federal – Créditos: depositphotos.com / joasouza

De acordo com as investigações, mensagens encontradas no celular de Cliver André foram determinantes na ação. Nessas comunicações, ele sugeria a Lino Rogério o envio de emendas através do deputado federal Afonso Motta em troca de benefícios financeiros, favorecendo uma unidade hospitalar específica. Até o momento, o parlamentar não foi formalmente acusado.

O foco principal das emendas investigadas reside no hospital Ana Nery, que recebeu ao menos R$ 1,07 milhão através do gabinete de Afonso Motta. Duas emendas, totalizando R$ 426.000, foram liberadas antes das comunicações suspeitas entre Cliver e Lino, o que pode afastar a hipótese de vinculação direta com o deputado.

De acordo com a investigação, o gabinete do deputado Afonso Motta direcionou pelo menos R$ 1,07 milhão em emendas para o hospital Ana Nery.

Duas dessas emendas, nos valores de R$ 309 mil e R$ 117 mil, foram liberadas antes do início das negociações entre Cliver e Lino, o que, segundo a apuração, descarta qualquer relação com os recursos indicados pelo parlamentar. Apenas a nota fiscal emitida em 23 de fevereiro de 2024, no montante de R$ 100,2 mil, está vinculada a valores provenientes de emendas patrocinadas por Motta.

Até o momento, a Polícia Federal não imputou acusações ao deputado. A Justiça determinou o afastamento de Cliver e Lino de seus cargos, além do bloqueio de valores mantidos em contas bancárias.

Quais as consequências legais para os envolvidos?

A justiça determinou medidas rigorosas, incluindo o afastamento de Cliver e Lino de seus respectivos cargos. Além disso, houve o bloqueio de valores em suas contas bancárias. Tais ações visam impedir o prosseguimento das atividades suspeitas enquanto persistem as investigações.

  • Afastamento dos cargos públicos ocupados
  • Bloqueio de contas bancárias para evitar a movimentação de capital
  • Mantimento da investigação até a conclusão do inquérito

A defesa dos investigados não se pronunciou até o momento. Já a assessoria de Afonso Motta destacou que o deputado não foi alvo direto das buscas e aguarda posicionar-se após acesso aos autos do processo.

Como a operação afeta o cenário político?

A operação EmendaFest intensifica a vigilância sobre o uso de emendas parlamentares e levanta questões sobre a transparência no uso dos recursos públicos. No cenário político, as investigações poderão impactar futuras condutas, instaurando um clima de maior cautela e responsabilização entre os parlamentares.

  1. Fortalecimento das medidas de controle sobre emendas
  2. Possível revisão de critérios para alocação de verbas
  3. Aumento da fiscalização por parte da sociedade e órgãos reguladores

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