Protesto contra extinção da Funbosque agita entrega de casas por Lula em Outeiro

Foi tensa a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Distrito de Outeiro, em Belém, na tarde desta quinta-feira, 13, para a inauguração do Residencial Viver Outeiro. O prefeito Igor Normando (MDB) foi alvo de protestos organizados por manifestantes contrários à extinção da Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental – Escola Bosque “Professor Eidorfe Moreira” (Funbosque). A medida faz parte da reforma administrativa do município, aprovada na última semana por meio da Lei 10.143/2025, que reduziu o número de cargos comissionados, incorporou secretarias e extinguiu órgãos, incluindo a Funbosque, que foi integrada à Secretaria Municipal de Educação (Semec).

A aprovação da reforma ocorreu após sete horas de debates durante uma sessão extraordinária da Câmara Municipal de Belém. Dos 35 vereadores, 26 participaram da votação, que resultou na redução de 600 cargos comissionados (de 2.800 para 2.200) e na diminuição das secretarias municipais de 36 para 32. A prefeitura justifica a medida como uma forma de diminuir os custos da máquina pública e otimizar a gestão.

No entanto, a extinção da Funbosque, instituição com 29 anos de história e reconhecida como um patrimônio educacional e ambiental de Belém, gerou revolta entre estudantes, pais de alunos, funcionários e professores. Durante o protesto, os manifestantes entoaram palavras de ordem pedindo a volta da fundação e cobrando que o prefeito Igor Normando reconsidere a decisão. Eles destacaram a importância da Funbosque para a educação ambiental e a sustentabilidade, especialmente em um momento em que Belém se prepara para sediar a COP 30, em novembro deste ano.

O grito mais ouvido foi “Funbosque fica!”

A visita de Lula e o Residencial Viver Outeiro

Apesar da pauta municipal, os manifestantes esperavam que o presidente Lula pudesse intervir no caso e conversar com o prefeito Igor Normando sobre a revogação da extinção da Funbosque. Eles argumentam que a fundação é vital para a promoção da educação ambiental e da sustentabilidade, temas caros à agenda do governo federal.

Os organizadores do protesto prometem continuar mobilizando a comunidade escolar e a população para pressionar o prefeito a reverter a decisão. Eles destacam que a Funbosque não apenas oferece educação de qualidade, mas também desempenha um papel fundamental na preservação ambiental e na formação de cidadãos conscientes.

Nas redes sociais, a extinção da Funbosque também gerou debates. Muitos criticaram a medida, argumentando que a fundação é um símbolo de Belém e sua história não deveria ser apagada. Outros questionaram a eficácia da reforma administrativa, sugerindo que a redução de cargos e órgãos pode impactar negativamente serviços essenciais à população.

Com a palavra, a prefeitura

A prefeitura de Belém defende a reforma administrativa como necessária para modernizar a gestão pública e reduzir gastos. Em nota, a administração municipal afirmou que a integração da Funbosque à Semec não significa o fim de suas atividades, mas sim uma reestruturação para otimizar recursos e garantir a continuidade dos projetos educacionais e ambientais.

No entanto, os manifestantes e a comunidade escolar seguem céticos em relação a essa justificativa. Eles temem que, sem a autonomia da Funbosque, os programas e iniciativas da instituição possam perder força e visibilidade.

Enquanto isso, o protesto durante a visita de Lula a Belém colocou o caso em evidência nacional, aumentando a pressão sobre o prefeito Igor Normando para que reavalie a decisão. A população aguarda os próximos capítulos desse embate, que mistura política, educação e meio ambiente em um momento crucial para a capital paraense.

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