Dólar opera estável com mercado esperando “pistas” sobre juros nos EUA

O dólar operava próximo da estabilidade na manhã desta terça-feira (18/2), em um dia com agenda de indicadores econômicos mais esvaziada, no qual os mercados acompanham pronunciamentos de autoridades do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).


O que aconteceu

  • Às 9h10, a moeda norte-americana oscilava 0,08% para cima e era negociada a R$ 5,717.
  • Na véspera, o dólar encerrou a sessão em alta de 0,29%, cotado a R$ 5,712.
  • Com o resultado, a moeda acumula perdas de 2,15% no mês e de 7,57% no ano.

Discursos e ata do Fed

As atenções dos investidores seguem voltadas para os EUA, com expectativa sobre discursos que serão feitos nesta terça-feira por integrantes do Banco Central norte-americano.

O mercado financeiro já começou a projetar a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed.

No fim de janeiro, na primeira reunião do Fomc desde a posse do presidente dos EUA, Donald Trump, o colegiado anunciou a manutenção dos juros básicos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano.

A decisão interrompeu um ciclo de três quedas consecutivas dos juros nos EUA, que começou em setembro do ano passado – o primeiro corte em cinco anos.

Desde então, o BC dos EUA sempre deixou claro que era necessário manter a cautela e analisar cuidadosamente os indicadores econômicos para tomar suas decisões de política monetária.

Na semana passada, durante audiência no Senado dos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a autoridade monetária não deve ter “pressa” para voltar a baixar a taxa básica de juros no país.

A ata da reunião do Fomc será divulgada na quarta-feira (19/2).

Acordo entre Rússia e Ucrânia?

Ainda no cenário internacional, os investidores seguem com atenção os desdobramentos de reuniões entre algumas das principais lideranças políticas da Europa sobre a costura de um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, que estão em guerra há 3 anos.

Na segunda-feira (17/2), houve uma reunião convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris, para discutir com líderes europeus uma possível interrupção do conflito.

Em relatório divulgado na semana passada, o Goldman Sachs avaliou que um possível acordo de paz entre russos e ucranianos teria potencial para diminuir as incertezas econômicas e os preços de energia em toda a Europa, além de aumentar a confiança do consumidor.

O que preocupa os investidores, por outro lado, são as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas extras aos produtos europeus, ampliando o risco de uma guerra comercial global.

No primeiro pregão da semana, os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam em alta.

Nesta terça-feira, estão previstas reuniões entre autoridades de EUA e Rússia, na Arábia Saudita, para discutir a guerra. Não haverá representantes ucranianos no encontro.

Bolsa de Valores

As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.

No dia anterior, o Ibovespa fechou com ganhos de 0,26%, aos 128,5 mil pontos.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,9% em fevereiro e de 6,87% em 2025.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.