Entenda o que é e para que serve o processamento da imagem da íris

O Brasil é um dos países mais afetados pelo crescimento de fraudes on-line. Entre 2022 e 2023, o país teve uma alta de 830% em deepfakes – segundo relatório da Sumsub – e mais da metade do tráfego on-line global é gerado por não-humanos, como bots – de acordo com o relatório Bad Bot, da Imperva, apresentado em 2024. O número acende um alerta para quem navega pelas redes constantemente.

Outro estudo exclusivo da Tools for Humanity e da Ipsos revelou que 93% dos brasileiros foram vítimas de roubo de identidade ou conhecem alguém que foi. Além disso, 70% estão, de algum modo, preocupados se o conteúdo que acessam na internet é gerado por um ser humano real ou por algum bot.

Para distinguir seres humanos da atividade automatizada que deve continuar a crescer com o aumento da inteligência artificial, surge a World, um protocolo descentralizado de código aberto – assim como a internet – que busca criar uma rede global de seres humanos reais.

O grande objetivo é oferecer maior segurança e confiança on-line, além de novas oportunidades para participar da economia digital, sem comprometer a privacidade de cada indivíduo. Além disso, o World ID pode ser usado para entrar em aplicativos on-line para provar que o usuário é um ser humano único, sem revelar a identidade.

A verificação é feita a partir de uma imagem processada pela Orb, um dispositivo de última geração, similar a uma câmera de alta resolução. O código obtido por meio desse processo assegura a humanidade e a singularidade de cada pessoa.

É o que explica Rodrigo Tozzi, chefe de Operações da Tools for Humanity, empresa no Brasil que colabora com a World. Segundo ele, comparada a outras formas de biometria, a íris oferece maior segurança e confiabilidade para verificar a humanidade e a unicidade de uma pessoa, dado que ela tem maior entropia.

“Nem a World nem a Tools for Humanity armazenam quaisquer dados pessoais dos indivíduos. As imagens processadas pela Orb são criptografadas de ponta a ponta, enviadas para o dispositivo do indivíduo e imediatamente apagadas da Orb.”

Rodrigo Tozzi, chefe de Operações da Tools for Humanity

A verificação de humanidade ajuda a evitar fraudes e atividades maliciosas de bots e da IA na internet.

Nada disso envolve a compra, a venda ou o armazenamento de dados biométricos. O que ocorre é que por meio da biometria dos olhos, gera-se um código binário de uns e zeros (11001101010), chamado de código de íris, verificando o World ID da pessoa.

Esse código fica sob custódia pessoal dos participantes e pode ser apagado a qualquer momento.

O código é também anonimizado e convertido em outros códigos aleatórios que são armazenados em nós computacionais operados por universidades e terceiros confiáveis usando uma tecnologia chamada AMPC (Computação Multipartidária Anonimizada).

Isso não é “venda de íris”

O maior alarde criado sobre esse assunto é sobre a “venda de íris”. Entretanto, essa é uma ideia equivocada sobre a World. Na verdade, o código da íris é armazenado no celular da pessoa, sendo acessado somente por ela.

A World apenas verifica que a pessoa é um ser humano único, sem necessitar de qualquer outra informação sobre o usuário, como idade, gênero, nacionalidade, endereço, CPF ou RG.

Nos países onde está disponível, as pessoas verificadas por uma Orb têm a opção de aceitar um incentivo inicial de 25 tokens Worldcoin (WLD) no ato da verificação e mais 28 ao longo de um ano de permanência.

O objetivo é ampliar a rede de participantes e alinhar o incentivo em torno do crescimento do protocolo. A participação é totalmente voluntária e consentida.

A tecnologia World ID entende que a íris é a maneira mais segura e confiável de verificar a humanidade dos indivíduos sem expor os dados pessoais.

Após verificar o World ID, é possível comprovar a humanidade do usuário em sites e aplicativos por meio de uma prova digital de humanidade, semelhante a um selo de verificação, garantindo de forma anônima que você é um ser humano único on-line.

A World visa a tornar a internet mais segura enquanto protege a privacidade de cada usuário.

Atualmente, além de usar em integrações com terceiros como Discord, Okta e Reddit, a credencial do World ID pode ser usada em “mini apps” – aplicativos do dia a dia que funcionam na plataforma World. A partir deles, os usuários podem contar com uma série de recursos, como recarregar o celular, conversar e jogar com amigos e criar enquetes exclusivas.

Além disso, é possível utilizar a Carteira World App para fazer pagamentos, depósitos e reservar dinheiro no cofre da plataforma.

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