Câmara de Vereadores cria CPI para investigar merenda escolar em Blumenau

Além do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), a Câmara de Vereadores de Blumenau também vai apurar possíveis irregularidades na prestação de serviços de merenda escolar na cidade.

merenda escolar

Câmera de Vereadores cria CPI para investigar merenda escolar em Blumenau – Foto: Divulgação/Reprodução/ND

Merenda escolar em Blumenau será investigada por CPI

A criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi aprovada após a decisão de seis parlamentares. Agora, a comissão tem um prazo de 120 dias para concluir os trabalhos. Segundo o vereador Alexandre Matias, foi necessário criar o processo do aditivo por divergências no contrato.

“Com a ampliação do contra turno com a escola em tempo integral, isso fez com que o aluno permanecesse mais tempo dentro da escola e automaticamente se alimenta mais vezes ao longo do dia”, comenta.

“Quando eu retornei à Secretaria, em outubro de 2024, fui surpreendido com o contrato do fornecimento de alimentação escolar exaurido. Então, foi necessário naquele momento iniciar o processo do aditivo”, completa.

Já segundo a Secretaria Interina de Educação do município, Simone Probst, a situação está sendo resolvida e a Prefeitura Municipal acompanha de perto todas as ações da empresa.

“A Secretaria municipal de educação tem trabalhado diretamente com a empresa que hoje atende o serviço de merenda. Estamos acompanhando diretamente o desenvolvimento, como contratação de profissionais habilitados, a formação desses profissionais, a questão da logística”.

MPSC pediu detalhes sobre a merenda escolar de Blumenau

Após o MPSC contestar o poder executivo sobre o tema, a prefeitura respondeu os questionamentos, que devem ser analisados pelo Poder Judiciário.

O Ministério Público ainda aguarda a resposta do Conselho de Alimentação Escolar, que tem prazo de 10 dias úteis para atender a solicitação do Ministério Público.

A 14ª Promotoria de Justiça, que atua na área da moralidade administrativa, também registrou uma notícia de fato e aguarda respostas do Município de Blumenau sobre a questão contratual.

Prefeitura é processada por antiga empresa de merenda escolar

Além disso, a Justiça determinou que a prefeitura apresente, em até 48 horas, informações sobre as providências tomadas para regularizar o fornecimento de merenda escolar na rede municipal de ensino.

A decisão, publicada na segunda-feira (17) nos autos de um processo movido pela antiga empresa que fornecia o serviço, a Risotolândia, foi motivada por relatos de falhas no início do ano letivo de 2025.

Segundo a ação, a empresa contratada em caráter emergencial não conseguiu atender adequadamente à demanda, ocasionando falta de alimentos e profissionais capacitados nas escolas.

Em algumas unidades, conforme o processo, professores e diretores tiveram que assumir funções na cozinha para suprir a ausência de funcionários. Além disso, a estrutura das cozinhas foi apontada como inadequada, com relatos de falta de limpeza, gás e insumos.

A empresa que processa a prefeitura tentou por duas vezes uma liminar, na Justiça de Blumenau e no Tribunal de Justiça, buscando anular o contrato emergencial firmado em janeiro desde ano com a nova empresa.

Em nota ao ND Mais, a Prefeitura de Blumenau diz que “já foi notificada oficialmente sobre a referida decisão e irá seguir todas as determinações da Justiça, mantendo todos os princípios de transparência”.

A Risotolândia, por sua vez, explicou que “reforça ainda a responsabilidade com a continuidade da alimentação escolar, priorizando o bem-estar dos estudantes e a eficiência do serviço prestado à comunidade escolar. O Grupo conta com ampla estrutura de fornecimento e abastecimento na região, com CD na cidade de Brusque abastecido e pronto para a retomada, caso seja necessário”, disse.

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