Conheça a arquitetura religiosa blumenauense que tinha relação com Roma e entenda seu estilo, dentro da história da arte universal

Capa: Uma arquitetura religiosa da Europa do século XII, estilo romântico  e uma arquitetura religiosa blumenauense do século XX, estilo romântico. 

Escrevendo e pesquisando para este artigo, desvendamos e compreendemos a evolução da técnica construtiva autoportante, que surgiu praticamente junto com a técnica construtiva da arquitetura estruturada com madeira – o embrião do enxaimel, no período neolítico. Vamos conhecer um pouco sobre esta evolução e seus desdobramentos, até chegar em Blumenau, em um só exemplar, que já foi demolido.

Arquitetura neolítica estruturada com madeira – embrião do enxaimel em uma determinada região. Pfahlbaumuseum Unteruhldingen (Museu de Palafitas) – museu arqueológico a céu aberto no Lago de Constança (Bodensee) em Unteruhldingen, Alemanha. Fonte:  WIKIPEDIA.

O homem vive em repetidos ciclos, dentro da história das civilizações, que, imperceptivelmente, se repetem e avançam de acordo com o seu modo de viver. Estas movimentações têm reflexos imediatos na maneira de morar e de fazer arte. De se manifestar, por meio da arte, como ser livre.

Observando a senoide da linha do tempo histórico, sob a ótica das tendências artísticas no campo da História da Arte, mais precisamente – da arquitetura -, ficamos quase hipnotizados ao perceber a frequência oscilante e, muitas vezes, isso passa despercebido.

Vamos observar a arte de “morar” e de fazer sua arquitetura, por meio da História da Arte das civilizações, de maneira resumida do Neolítico até o Período Romântico, em que se encontra o “período nacional” do perfil daqueles que construíram as cidades do Vale do Itajaí, a partir do território da Colônia Blumenau. Conhecer é preciso.

Conversando sobre História da Arte e a Arquitetura…

Paleolítico

No paleolítico, o homem ocupava abrigos naturais por segurança e para se abrigar das intempéries. Não se fixava em algum lugar por muito tempo. Rumava para onde havia caça e comida – era coletor. Não construía e se apropriava do meio como ser que pertencia ao meio, sem alterá-lo. Deixou sua marca nos abrigos. Desenhos firmes, realistas, com profundidades. Seu tempo está inserido mais ou menos entre 2,5 milhões a.C até 10 mil a.C.

Quatro veados em uma das paredes da Cavernae Lascaux, França. HISTÓRIA EM REVISTA, 1993.

Não restam vestígios de arquitetura no Paleolítico e um dos motivos disso é devido à vida nômade do homem e suas atividades de caça e pesca. Nos períodos de glaciação, os as temperaturas eram muito baixas, ocupavam as cavernas, muitas vezes afugentando animais ferozes, para se abrigar. Poderiam até ter feito surgir as “primeiras adaptações do meio, ou abrigo, tentando fechar a passagem da caverna com alguma coisa que a bloqueasse, como galhos, troncos e ramos.

Onde não havia cavernas, esses homens paleolíticos construíram seus primeiros abrigos com peles e galhos. Esta passagem histórica é pouco divulgada. Poder-se-ia dizer que nesse momento se começava-se a delinear um embrião da técnica construtiva enxaimel, que surgiu diante a necessidade de o homem conseguir um abrigo que o protegesse das baixas temperaturas e também, dos predadores, onde não havia as cavernas.

Escrevemos em nosso livro Fachwerk – A Técnica Construtiva Enxaimel: “O início da evolução progressiva da técnica construtiva usada nestes primeiros abrigos estruturados com madeira, aconteceu a partir da base habitacional em acampamentos temporários do paleolítico superior, contando com a presença do fogo.

Este abrigo temporário poderia receber diferentes tipos de fechamentos, como aconteceu ao longo do período histórico, no qual ocorreu a evolução da técnica construtiva, até os dias atuais.

Representação de um abrigo temporário estruturado em madeira com fechamento de peles de animais exposto no Fränkische Freilandmuseum Bad Windsheim – em escala 1:1. São abrigos construídos há aproximadamente 12.500 a.C. Na placa de apresentação deste, é mencionado que os europeus tiveram que se adaptar às condições climáticas predominantes e desenvolver um modo de vida móvel para seguir as rotas de migração da caça que o fez criar abrigos desmontáveis, os quais pudessem levar junto para outro local – no caso as peles. Sua estrutura era construída com madeiras retiradas do local onde levantavam o acampamento e onde se fixavam por um determinado tempo, enquanto houvesse caça. No centro do abrigo era construído uma lareira de pedra. Fotografia de 12 de maio de 2016. WITTMANN, 2019.

Neolítico

A primeira grande revolução na História da humanidade ocorre neste período e ficou conhecida como a Revolução Agrícola. Algumas tribos observaram o meio e resolveram se fixar, deixando de ser nômades. Iniciaram a prática da agricultura e da pecuária. Com esta prática tiveram contato e aprenderam a abstrair. Surgiu a religião a partir do temor às forças invisíveis da natureza. Seus primeiros deuses foram deuses da natureza.

Os primeiros materiais na arquitetura foram: pedras e a vegetação. Surgem as palafitas, o embrião da casa construída com a técnica enxaimel e os megalíticos, embriões das casas autoportantes construídas com pedras, onde não existia a pedra fabricaram os tijolos cozidos ao sol.

Palafitas – São casas rústicas de madeira, organizadas em verdadeiras cidades construídas sobre pilotis, estacas fortes e enterradas no fundo de lagos e ou às margens de rios, em várias regiões do planeta.

Foram encontradas vilas de palafitas submersas que datam desta época, ilustração da capa deste artigo, localizadas em Unteruhldingen, Alemanha – Pfahlbaumuseum Unteruhldingen (Museu de Palafitas), um museu arqueológico a céu aberto no Lago de Constança (Bodensee). No local observa-se que o conjunto de casas são ligadas à terra através de uma ponte e era evidente que a sua localização atendia a necessidades de segurança e defesa.

As pesquisas no fundo desses lagos revelaram a existência de armas e utensílios de pedra, osso e cerâmica, vestígios de cobre e bronze e dos primeiros panos tecidos pelo homem.

Megalíticos – (do grego mega – grande, lítico – pedra) são enormes construções de pedra, rusticamente lavrada, que assumem formas e disposições diversas e recebem as denominações de menhires: alinhamento, cromleque e dólmen.

Menhires (do celta men-pedra e hir-comprida)- São grande blocos de pedra erguidos verticalmente. Estes serão evoluídos em outros períodos de tempo – na arquitetura de povos futuros.

Menhir – Círculo de pedra de Callanish, nas ilhas Hébridas. Escócia. Fonte: WIKIPÉDIA.

Alinhamentos -São Menhires enfileirados – regularmente espaçados e, às vezes por extensão considerável. Durante um período de 2000 anos, 5000 anos a.C., os primeiros agricultores da Europa marcaram sua presença construindo monumentos religiosos de pedra, em escala monumental. Em Carnac, no noroeste da França, restam cerca de 3 mil das 10 mil pedras originais. Algumas estão dispostas em elipse, outras enfileiram-se em linhas retas por centenas de metros.

Alinhamento de mais de 3000 megálitos erguidos em Carnac, na Bretanha, França. Aproximadamente 2000 a.C. WIKIPEDIA.

Cromleque – São Menhires dispostos em círculos, algumas vezes centralizados por outro de maiores proporções.

Cromleque Stonehenge – 2600 – 2000AC Salisbury – Condado Wiltshire – Inglaterra.. Image Hans Elbers/Getty Images – Fonte: VOLPE, 2011.

Dólmen (Em bretão – mesa de pedra) – Experimentos que geraram o embrião das atuais construções de alvenaria e autoportantes, com técnica “pesos – sustentação”. Onde não existia o abrigo natural de pedra – cavernas, o homem as construiu. Os dólmens são formados de duas pedras verticais que sustentam uma terceira, colocada horizontalmente. Unindo-se, forma, em algumas ocasiões, criam galerias cobertas, que chegam a 20 metros de extensão. Espacialização com base na disposição de blocos de pedras.

Dolmen de la Madeleine (Gennes), França. WIKIPEDIA.

Neste mesmo período já faziam arquitetura com alto grau de sofisticação no Egito Antigo e na Mesopotâmia com a fixação de tribos nômades que se fixaram às margens de grandes rios, responsáveis pelas terras férteis às suas margens a partir de suas periódicas inundações. sua arquitetura seguiam a técnica “peso sustentação” criando arquitetura robusta fazendo uso de “dolmens”, colunas que suportavam elementos horizontais, responsáveis por estruturar a cobertura.

Arquitetura Egípcia

Coluna egípcias em pedras – Evolução técnica de elementos construtivos pré-históricos.

Entre tantas coisas, os egípcios se apropriam do megalíticos construídos no período Neolítico, como os cromleque e os dolmens (técnica de peso e sustentação) com arte e criatividade lhes dão graça e nobreza com base na estilização de flores e palmeiras. Criam as colunas a partir dos elementos megalíticos – pedras verticais. Os grandes blocos verticais neolíticos recebem elementos como fuste, capitéis e base. Surgem as colunas: Palmiforme (inspirada na palmeira), Papiriforme (Flores de pairo) e Lotiforme (Flor de lótus).

Colunas egípcias – mesma técnica construtiva do megalíticos, porém com decorativismo – estilizando flores – lótus fechada. Fonte: WIKIPÉDIA.

As colunas egípcias resultam de um processo evolutivo da arquitetura a partir dos megalíticos, contando com a presença da arte e do decorativismo.
Criaram adornos inspirados na paisagem do Egito, como por exemplo, escultura em grandes blocos de granito, pedras, estilizando flores e palmeiras com a função de coluna.
Do simples megalítico, surge o elemento arquitetônico estrutural, cheio de conteúdo para suportar elementos horizontais e o peso de uma estrutura que, posteriormente, passou a ser denominado de pilar. Seria reproduzido e multiplicado nos períodos vindouros, dentro da cultura de construir de outros povos, com suas dotado de suas próprias identidades artísticas e culturais.

Templo de Isis, Philae (Egito). À direita a colunata egípcia, dotada de fustes e decoradas, técnica construtiva dos megalíticos. Aos fundos, não deixaria de ser o resultado evolutivo de um dólmen. Fonte: WIKIPEDIA.
Colunas egípcias com capitéis Hatóricos. Templo de Isis. Fonte: WIKIPEDIA.

Arquitetura mesopotâmica

Povos mesopotâmicos são as civilizações que se desenvolveram na área das terras férteis localizadas entre os rios Tigre e Eufrates e onde nasceram as primeiras cidades. O solo da Mesopotâmia proporcionava o barro para o adobe, material de construção mais importante desta civilização que vivia em região desprovida de pedras. Os mesopotâmicos também fizeram a cozedura da argila para obter terracota, com a qual obtinham cerâmica. Adobe era o tijolo seco ao sol que substituía a pedra em locais em que ela não existia. A cerâmica, usada no azulejo vitrificado, inventado por estes povos para reduzir e impedir a umidade no interior das edificações, quase sempre localizadas às margens do rio.

Adobes – Fonte: WIKIPEDIA.
E quando não existiam montanhas para a prática do sagrado, construiu-se a montanhas de tijolos. Zigurate de Ur, com aproximadamente 4100 anos, Mesopotâmia – atual Iraque. Fonte: WIKIPÉDIA.
Mesopotâmia – Painel revestidos com azulejos vitrificados com alto relevo – arte. Portão da deusa Inana, representando o leão de Inana. Fonte: WIKIPEDIA.

A arquitetura da Mesopotâmia empregou nos seus estágios iniciais tijolos de barro cozido, maleáveis, mas pouco resistentes, o que explica o alto grau de desgaste das construções encontradas.
As obras mais representativas da construção na Mesopotâmia – os zigurates ou templos em forma de torre e pirâmide porém com a presença de espécies de degraus – são da época dos primeiros povos sumérios e sua forma foi mantida sem alteração pelos assírios – cronologicamente – último dos povos da mesopotâmia.

Portão de Ishtar – Totalmente revestido de azulejos azuis e com a presença de alto relevo de figuras de animais. Observar a presença do arco cintra ou meia volta – uma das características da arquitetura românica da Europa, séculos mais tarde. Fonte: WIKIPEDIA.

Povos da Mesopotâmia e sua contribuição

Gudea, um dos governantes que controlaram a cidade sumeriana de Lagash. Texto publicado em sua túnica. Fonte: HISTÓRIA EM REVISTA.

A principal característica da arquitetura mesopotâmica é o emprego do tijolo, material determinante de suas formas. Como mencionado foi criado para substituir a pedra e quase sempre seco sob o sol, conhecidos adobes. Muitas vezes usavam ainda o tijolo fresco, o que permitia a aderência de um ao outro fazendo a parede um todo compacto depois de perder umidade para o meio.
O uso do tijolo, cru, cozido ou úmido, definia as formas da arquitetura mesopotâmica. Reportava a estrutura autoportante, como consequência suas paredes eram espessas e pesadas, com amplas superfícies contínuas, sem aberturas para garantir a estabilidade e resistência, como também o conforto térmico.
O tijolo permitiu a criação do arco, da abóbada e da cúpula, usados na cobertura de corredores, galerias e dependências geralmente, com reduzidas dimensões. Acredita-se que o projeto abóbada e da cúpula surgiu a partir da da junção das ramagens revestidas de limo com as quais se cobriam as primitivas choças sumerianas.
Usavam o arco de plena cintra. Usavam, ainda, o arco ogival ou quebrado, isto é, de ponta aguda, igual aos que os mestres de obras usariam na construção das catedrais góticas na Europa, um tempo depois.
As construções com tijolos, geralmente eram desprovidos de coluna. O tijolo não é material adequado à coluna. Torna-a pouco resistente. Substituíram-na pela pilastra de base retangular ou quadrada, que formava reentrâncias ou saliências na superfície dos muros dos templos, palácios e fortificações.

Reconstituição hipotética da cidade de Uruk. VILAR, 2016.

Suméria 4000 a.C.

Povo que se destacou na história pela produção de um complexo sistema de controle da água dos rios, com canais de irrigação, barragens e diques. Também contribuíram desenvolvendo a escrita cuneiforme, por volta de 4.000 AC. Os sumérios eram excelentes arquitetos e construtores – desenvolver os zigurates, construções em formato de pirâmide que armazenavam os produtos agrícolas e também eram usados como templos religiosos para adoração as divindades. Não existia um elemento natural mais elevado, construíram-no com tijolos.
Os sumérios com frequência usavam a escrita para deixar claro o significado das estatuetas que colocavam nos templos em louvor aos deuses. O texto na túnica da estátua à direita diz que ela representa Gudea, rei de Lagash por volta de 2150 a.C., e que o potentado havia dedicado todo um templo à deusa Geshti-nanna.

Acádios 2550a.C.

O rei Sargão da Acadia, retratado em uma escultura de bronze de, aproximadamente 2340 a.C.. Fonte: HISTÓRIA EM REVISTA

Tribo nômade (Neolítico) oriunda do deserto da Síria. Os acádios chegaram à Mesopotâmia por volta de 2550 AC – enquanto este território estava dominado pelos sumérios.
Entretanto, a guerra entre os sumérios para a permanência no poder acabou dando espaço para que a conquista acadiana da Mesopotâmia tivesse êxito. Esses dois povos, de culturas similares, acabaram se unificando para formar o I Império Mesopotâmico.

Assírios 1000 e 612 a.C.

Ficaram conhecidos na história pela organização e desenvolvimento militar, pois encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade.

Recriação da Babilônia com seus jardins e seu portal de entrada azul. Mesopotâmia. Fonte: BEZERRA.
Baixo-relevo pertencente a uma série esculpida em torno de 640 a.C. para o palácio de Assurbanipal, em Nínive. A caça não era apenas um divertimento para os reis assírios: consideravam-na também uma obrigação real. Fonte: HISTÓRIA EM REVISTA

Com o surgimento dos assírios e em seguida, dos babilônios, as artes na Mesopotâmia adquiriram características próprias.
A semiaridez do solo e a relativa infecundidade da região que ocupam, entre os dois rios Tigres e Eufrates, não lhes permitem a predominância de atividades pacíficas e sedentárias, como a agricultura e a pecuária, como acontecia na Europa nesse mesmo momento, ainda que tenham realizado obras de irrigação nos terrenos aluviais às margens dos dois cursos de água, para exploração agrícola.
A economia dos assírios e também, dos babilônios vai batear-se, praticamente, na guerra, na submissão e na exploração dos povos vizinhos. Ao lado da guerra, a caça, revestindo-se essas atividades de caráter religioso.
Os hábitos de guerra e caça lhes fornece uma mentalidade e sentimentos de energia e poder, que os levam a exaltar não as faculdades espirituais do homem, mas o seu vigor físico e as forças elementares da natureza. Essa mentalidade e esse sentimento refletem-se, inevitavelmente, na religião e na arte.
A religião assíria, por exemplo, não era uma crença tocada de espiritualidade, como a dos egípcios, que se fundava na imortalidade da alma. Era uma crença materialista, em deuses guerreiros e caçadores, algumas vezes agricultores, mas sempre dinâmicos, fortes e cruéis.

Babilônios 612 -539 a.C.

Localizada numa região fértil e num entroncamento de importantes rotas comerciais, a Babilônia tornou-se um importante centro econômico e cultural, desenvolvendo uma civilização complexa, sofisticada e cosmopolita, parte de muitos registos arqueológicos que atestam o cultivo da educação, do comércio, da ciência, de diversas técnicas e da arte, florescendo num vasto conjunto urbanístico cortado por canais e rico em monumentos, templos e edificações imponentes.

A cidade da Babilônia no século VI a.C. A cidade possuía alta muralha com enorme fosso, de indo foi tirada a argila para a fabricação de tijolos. Haviam torres quadradas autoportantes construídas de tijolos nas muralhas, criando saliências e reentrâncias, facilitava a segurança mediante assaltos. Ilustração moderna, autor desconhecido. Fonte: AH.
Código de Hamurabi. Fonte WIKIPEDIA.

Com as suas cidades construídas às margens do rio Eufrates, os babilônios foram responsáveis pelo primeiro código de leis conhecidos até então. Baseado nas Leis de Talião (olho por olho, dente por dente) o Imperador Hamurabi desenvolveu o primeiro código de leis da história, para organizar e controlar a sociedade, conhecido como Código de Hamurabi, entre 1792 e 1750 a.C. A lei determinava que todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao crime cometido.
O Imperador Nabucodonosor II foi o responsável pela construção dos famosos jardins suspensos da Babilônia e a Torre de Babel.
Como já mencionado, os zigurates eram montanhas sagradas construídas com adobes, pois a região era desprovida de um local naturalmente mais elevado para o isolamento e local de oração e maior contato com o divino.
Nestes locais sagrados, guardavam parte da colheita de grãos.

Movimentações a partir da Mesopotâmia em direção ao ocidente através de domínios. Observar a Ilha de Chipre -porta da Grécia – caminho para Roma – Europa – sob ponto de vista histórico o trajeto “de onde viemos.

Aquemênida 550 – 330a.C. – Primeiro Império Persa

Uma coluna bem preservada mostrando os detalhes do capitel da coluna em Persépolis. Fonte: HISTÓRIA EM REVISTA

A arquitetura monumental aquemênida retomou as formas babilônicas e assírias com a monumentalidade egípcia e o dinamismo grego. Os primeiros palácios de Pasárgada, de Ciro, o Grande (559 a.C. – 530 a.C.), possuíam salas de fileira dupla de colunas acaneladas com capitéis em forma de cabeça de touro, de influência jônica.
A herança arquitetônica aquemênida, começando com a expansão do império por volta de 550 a.C., foi um período de crescimento artístico que deixou um legado arquitetônico, desde o túmulo solene de Ciro, o Grande, em Pasárgada, até as estruturas da cidade de Persépolis.

Túmulo de Ciro, o Grande – 530 a.C. Pársaga. Fonte: GOITIA.

Arte Paleocristã – até 500 d.C.

O Egito foi dominado pelos assírios e árabes e Roma tornou-se o Grande Império, dominando ampla parte do território europeu. Surgiu a nova Religião – o Cristianismo.
Do surgimento da nova religião cristã até o século V – ficou conhecido como período da Arte Paleocristã.
Nesse período, os adeptos da nova religião faziam seus cultos escondidos no subsolo e eram sepultados nas catacumbas – cavernas nos arredores da grande metrópole da época – Roma. Eram perseguidos pelas autoridades romanas como contraventores e muitas vezes eram mortos e faziam parte do espetáculo do circo romano e animais selvagens. Viviam escondidos.

Catacumbas

Eram os cemitérios subterrâneos, onde foram sepultados os primeiros cristãos. O termo catacumba para designar os cemitérios cristãos subterrâneos foi inspirado em uma das tumbas mais conhecidas e visitadas de Roma – Tumba de São Sebastião da Catacumba.
O cristianismo foi durante este período, uma das únicas religiões a fazer seus cultos em locais fechados. As demais religiões, oravam ao ar livre e quem tinha acesso ao templo eram somente os sacerdotes.
Nos primeiros séculos da história do cristianismo, as missas eram celebradas nas catacumbas – então o local também era um Templo. Por isso recebiam adornos e pinturas murais com detalhes estéticos além do estrutural na arquitetura subterrânea. Detalhes imitados dos templos pagãos greco-romanos.

As Catacumbas de Domitila estão entre os maiores cemitérios subterrâneos de Roma, com quase 15 km de túneis. Eles também são um dos mais antigos, com as catacumbas de Priscila que datam do século II DC – Catacumbas de Roma. Fonte: TESOUROS DO TEMPO.
Arcossólio decorado na Catacumba de Marcelino e Pedro – Catacumbas de Roma. Fonte: WIKIPEDIA.

Fase Cristã Primitiva

De perseguidos, os cristãos passaram a ser perseguidores. Todos aqueles que não fossem cristãos eram denominados pagãos e excluídos. Muitos foram mortos na Inquisição. Surgiram as Cruzadas que interferiram nas configurações das cidades da Europa medieval, após a invasão bárbara. O Imperador do grande Império Romano se converte ao cristianismo. Grandes reflexos na Arquitetura, principalmente na religiosa.
A fase Cristã Primitiva é a fase posterior ao reconhecimento da religião cristã – Quando os cristãos deixaram de ser perseguidos e o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano – Denominando-se então Sacro Império Romano. A Igreja e o Estado eram uma coisa só.
A Arte desta fase é denominada Arte Cristã Primitiva e seu período está entre os anos de 330 e 500 d.C.
Foi iniciada a construção de inúmeras igrejas. As catacumbas foram abandonadas.
O templo cristão será diferente do templo pagão.
O templo grego e depois o romano – eram somente a morada da divindade, pois os fiéis não penetravam nele e os sacrifícios eram feitos em um altar situado no pátio frontal. Sua maior beleza estava no lado externo.
Existia para ser contemplado e admirado e não utilizado pelo fiel.

Até este momentos, os fiéis não tinham acesso o interior do templo.

O templo cristão – ao contrário do grego, destina-se a reunir grandes assembleias de crentes em seu interior. É preciso dispor de grandes espaços com uma atmosfera mística adequada ao sentido transcendente da nova religião.
Logo que se converteu, ConstantinoImperador de Roma, determinou a construção de templos em Roma e em Jerusalém. Surgem as primeiras basílicas cristãs, inspiradas nas Basílicas Civis de Roma.
A origem da basílica de Roma é grega. É uma adaptação da ágora, onde as pessoas se reuniam para filosofar, falar de políticas, julgamentos, negócios e feiras. Um lugar público. Os romanos resolveram fazer uma cobertura nesse espaço aberto – que tanto os gregos apreciavam.
A basílica era um edifício grande e oblongo, geralmente composto por uma nave central, duas colaterais e uma ou mais absides. As naves laterais são mais baixas, de forma a não obstruir as janelas altas (clerestório) na parte superior da nave central. Numa posição bem visível, ao fundo, estava a tribuna que mais tarde seria adaptada transformando-se no altar e no púlpito do culto cristão.

Antiga Basílica de São Pedro de Roma – o teto era de madeira – por isto muito susceptível a incêndios.

A planta da primitiva basílica cristã era a adaptação da planta da basílica civil de romana, que cumpria a um só tempo, as finalidades de tribunal, mercado e cartório.

Basílica Civil de Roma. Deu origem aos primeiros templos cristãos – a Basílica. Fonte: LUQUE.
Interior da Basílica de Santa Maria Maior – 352. Reconstruída no século V – Roma, Itália. Fonte: GOITIA.
Interior da Basílica de Santa Sabina in Aventino – 422/32, Roma, Itália. Fonte: GOITIA.
Interior da Basílica de São João Evangelista. Fonte: GOITIA.

Esta tipologia de igreja predomina na tipologia ocidental, até o surgimento das formas pré-românticas.
A beleza do interior dessas antigas e grandes basílicas cristãs primitivas, não está apenas nas decorações murais, quase sempre feitas de mosaicos coloridos ou entre outros atributos decorativos e estéticos, mas estava nas proporções espaciais.

Igreja pré-românica – Igreja de São Salvador de Valdedios – Consagrada em 893, Astúrias, Espanha. Fonte: GOITIA.
Igreja pré-românica – Igreja de Santa Maria del Naranco – 842/50 Astúrias, Espanha. Fonte: GOITIA.

Com o passar do tempo, próximo ao período das artes românica, conhecido como período pré-românico, ocorreram modificações na planta da igreja e na forma da igreja – “basílica”.
O transepto amplia-se para os lados, dando-lhe a forma de uma cruz latina de braços desiguais.
No cruzamento do transepto com a nave central, os arquitetos românicos levantaram muitas vezes uma torre e, mais tarde, os renascentistas e barrocos colocavam uma cúpula. Detalhado à frente.
Os construtores deste período adotavam as regras e princípios de proporções da arquitetura grega clássica.- proporções áureas.

Igreja Românica – Igreja de Saint-Sernin – 1080-1120. Toulouse, França. Fonte: GOITIA.

A técnica construtiva era a mesma usada pelos gregos e pelos romanos.

Arquitetura Bizantina

O Império Romano perdeu seu poder e os povos não convertidos se impunham ao poder romano.
Os romanos os chamavam de bárbaros. Nesta pressão, a partir das tribos bárbaras, o Imperador romano – Constantino mudou a capital do Império Romano para a cidade grega de Bizâncio – às margens do Bósforo ponto geográfico de união entre a Ásia e a Europa.
No ano de 330, lançava-se os fundamentos, traçava o plano, e construía-se os edifícios públicos da nova capital que passou a se chamar Constantinopla – Atual Istambul.
Assim nascia o Império Bizantino, que na História das Artes criam formas, técnicas inéditas com nova estática e originalidade.
Enquanto Constantinopla crescia, Roma decaia. Não durou muito para Roma perder o status de capital do Ocidente, que foi designada à cidade de Milão.
Roma foi bombardeada por conflitos internos entre nobres feudais e também ataque de povos “Bárbaros”.
Constantinopla, nesse momento, foi considerada a maior cidade o mundo.

Cidade de Constantinopla. Fonte: HISTÓRIA EM CORTES.

A cúpula e a planta de eixo central ou de cruz grega são as características dominantes da arquitetura bizantina. Os bizantinos aperfeiçoaram a cúpula persa em um modelo simples e monumental a partir da técnica construtiva.

Igreja da Hodigitira – Consagrada em 1310 – Mystra, Grécia. Fonte: GOITIA.

A desintegração do Império Romano do Ocidente no final do Século V da era cristã marca o fim da Idade Antiga.
A Antiguidade Tardia, ou o que chamamos de Alta Idade Média, é um período de instabilidade e insegurança generalizada. Saques, incêndios, raptos e roubos. A população do que havia sido o Império Romano do Ocidente vivia com medo.
Os mares, do Norte e do Sul, estavam infestados de piratas. O Mediterrâneo deixou de ser romano para tornar-se árabe. Os egípcios foram totalmente dominados pelos árabes e deixaram de existir como um povo. Partindo da Escandinávia, os normandos realizavam incursões de saque e pilhagem nas costas do mar do Norte, do Báltico e até do Mediterrâneo. Veio da Ásia Menor, através dos antigos modelos persas.
Houve reflexos na Arquitetura – com a criação de novos elementos construtivos. Quebra de paradigmas.

Pechinas ou Pendentes

Santa Sofia de Constantinopla, considerada a obra-prima da arquitetura bizantina. Fonte Wikipédia.

Problemas durante a construção da Igreja de Santa SofiaConstantinopla, fizeram surgir novos elementos que seriam desenvolvidos no futuro, mais precisamente no período gótico. São triângulos curvilíneos formados pela base do tambor e os lados dos arcos. Também, nesse momento, criaram o arco botante (fundamental no estilo gótico), assegurando a estabilidade de altas paredes.
Graças a essa solução simples e segura, puderam erguer cúpulas grandiosas e partir destas, paredes finas e altas sobre grandes vãos.

Também na arquitetura bizantina, houve um aperfeiçoamento da técnica da cobertura, que passou a ser feita com telhas leves e porosas, em lugar da concreção ou argamassa, usada pelos romanos e outros povos, nas suas pesadas abóbodas.

Catedral Naval de Kronstadt, São Petersbugo, Russia. Fonte: WIKIPEDIA.

O surgimento da cúpula entre os Bizantinos sugerindo uma associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade.
Objetivo de despertar ideias de poder absoluto, superior às contingências individuais ou humanas.
Numa sociedade fortemente teocrática, a força da coesão social era a religiosa. Esses valores de universalidade despertados pela cúpula identificam-se com Deus e com o próprio governante, mediante o caráter sagrado da pessoas.
Era assim a forma artística adequada para expressar a natureza teocrática do regime, a autoridade sagrada e universal do governante e o sentido universalista do império.

Cúpula da Basílica de São Vitale, Ravena, Itália. Fonte: WIKIPEDIA.

Refletindo sobre a arquitetura horizontal e estática do grego clássico (Partenon) baseada estruturalmente no princípio elementar do peso e sustentação – neolítico também, com a arquitetura de cúpula do bizantino (Santa Sofia), que implica um complexo e delicado equilíbrio de forças, podemos estabelecer contraste entre a timidez racionalista do grego de Péricles e a audácia mística do grego de Justiniano. A partir deste ponto histórico, a Arquitetura não será mais a mesma.
Temos que comentar: I s s o é m a r a v i l h o s o!”

Uma salto evolutivo na Arquitetura e Engenharia.

No contexto histórico do período, que começou na Europa, o Império Romano do Ocidente sofreu uma invasão bárbara, no século V, e o governo ficou nas mãos de Carlos Magno, um imperador do Ocidente que fez a cultura greco-romana quase desaparecer.

Migrações na Europa entre os séculos II e V. Fonte: WIKIPEDIA.

“Bárbaros”

Invasão dos povos “Bárbaros” no Império romano do Ocidente.

Quase completamente desprovidos de arquitetura, logo se apropriaram das formas da Antiguidade tardia e de Bizâncio, às quais acrescentaram alguns elementos próprios. Na Gália (França), os francos adotaram em suas construções, as salas retangulares de três naves e abside semicircular, com silharia de madeira para as igrejas, e cúpula para os batistérios.
Algumas plantas enriqueceram a distribuição espacial com o acréscimo de uma galeria.
As tribos germânicas nômades, “empurradas” para oeste pelos hunos da Ásia central, invadiram a Europa de 300 a 900 e foram substituindo o Império Romano do ocidente por diversos reinos germânicos, providos de identidades próprias. Regionalizaram a Europa a partir de suas ocupações, denotando sua identidade e práticas regionais no antigo cenário das cidades romanas – no Período Românico.

Período Românico

O Românico é o primeiro estilo artístico internacional da Cristandade Ocidental, um estilo original com diversas escolas regionais, congregando elementos romanos, germânicos, bizantinos, islâmicos e armênios.

Igreja Notre Dame do Port. Fotografia: Clermont Ferrand.

No início da Idade Média, a Europa Ocidental fortaleceu-se e definiu uma civilização muito própria, numa época de grandes transformações motivadas por três fatores:

      • A estabilização dos povos Bárbaros, a sua admissão e miscigenação nas comunidades cristãs, possíveis devido à diminuição das incursões guerreiras e a fixação dos Húngaros na região Leste da Alemanha;
      • O recuo dos Árabes, com a fragmentação do califado de Córdova depois da morte de Almançor;
      • O crescimento de uma civilização urbana e mercantil, a par da permanência de uma civilização feudal e monástica.

Nesse período, toda a civilização europeia se moveu em nome de uma renovação arquitetônica que foi a expressão mais pura da Fé.
A religião, o temor religioso e o medo do Juízo Final, movimentaram os fiéis nas peregrinações aos principais lugares santos. Os mosteiros e as igrejas que eram centros difusores da religiosidade da época, tinham uma importância maior quando possuíam relíquias de santos, tornando-se, eles mesmos, locais de peregrinação.

Catedral de Pisa.Fonte: WIKIPEDIA.

A definição da arquitetura como “Românica” se refere às semelhanças existentes entre as construções típicas do final do século XI e XII e as estruturas abobadadas a de grossa paredes de alvenaria dos antigos romanos (séculos I e II).
Enquanto no Oriente bizantino e muçulmano, a Arquitetura se desenvolveu de maneira magnificente, no Ocidente, o progresso no campo das criações manteve-se estagnada: falta de tempo, falta de tranquilidade, escassez de recursos.
Ocorre uma procura incansável de um sistema estrutural seguro, de fácil construção e dotado de beleza, que tinha de ser condicionado à realização por via de um material contraindicado sob todos os aspectos: a pedra. A designação “Românico” surgiu no século XIX e significava “semelhante ao romano”.
Todas as formas, em todas as artes, nos monumentos religiosos e civis, decorrem em última análise da abóbada de plena cintra, que caracteriza a Arquitetura românica.
A principal característica da Arquitetura românica é a pesada abóbada de pedra ou argamassa, formada por um arco de plena cintra ou de meia circunferência.

Ruínas da Igreja de São Pedro de Canaferrim. Fonte: WIKIPEDIA.

A Planta é a mesma da basílica cristã primitiva, em geral com três naves, excepcionalmente com cinco naves. A nave principal e, as vezes, as laterais, terminam em abside.

Igreja de Santo Estêvão de Atan. Galiza, Espanha. Fonte: WIKIPEDIA.

No conjunto, é uma arquitetura também denominada pelo horizontalismo, como a basílica romana. O material de construção é por excelência pedra devidamente aparelhada. Nas regiões de escassez deste material, utilizavam tijolos.
A modificação mais característica – e que também será a maior característica do período foi o teto. O teto das naves da Arquitetura cristã era de madeira, plano conforme as basílicas romanas do século IV.
Os constantes incêndios e a durabilidade do material fizeram com que os novos construtores e arquitetos passassem a construir a cobertura das naves em forma de abóbada de plena cintra. Faziam as abóbadas de pedra ou de argamassa, bastante grosseiras e resistentes tornando-as excessivamente pesadas.

Igreja do mosteiro de Ripoll. consagrada em 1032. Fonte: GOITIA.

A Arquitetura românica recebeu influências da Antiguidade pagã – arte bizantina, dos povos bárbaros, grega e romana – Surgiram artes especificamente locais com identidade própria.
Observe-se, que mesmo sendo igrejas românicas, apresentam particularidades regionais.

Catedral de Braga, Braga, Portugal. Fonte: WIKIPEDIA.
Plaisance (Aveyron), Occitânia, França. Fonte: WIKIPEDIA.
Igreja de Santo Domingo – Espanha.
Catedral de Espira, Speyer, Renânia-Palatinado, Alemanha. 2013.
Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa – Portugal. Fonte: WIKIPEDIA.
Abadia de Corvey – Alemanha. Fonte: WIKIPEDIA.
Catedral de Zamora – Portugal.
Basílica de San Miniato al Monte – Toscana.
Abadia de Lorsch – Alemanha.

Blumenau teve um exemplar rico em características do período românico. A igreja foi construída na comunidade de Altona, atual bairro de Blumenau, Itoupava Seca, foi o único exemplar. Foi patrocinada pelo empresário Richard Paul Werner em 1929 no parque de sua empresa, Electro Aço Altona.

Tão longe do local onde ocorreu esta revolução na forma de construir e tanto tempo depois, trazida por um descendente, dos romanos? Dos bárbaros? Dos gregos? Dos bizantinos? É o resultado.

A Igreja da Cruz possuía traços da arquitetura românica. Esta arquitetura pode ser definida como um estilo medieval, surgido com o objetivo de resistir a ataques de povos inimigos e das invasões bárbaras. Logo, tanto sua estética como sua estrutura refletem força e robustez.

Fortemente inspirada na arquitetura da Roma Antiga, esse gênero não apresenta uma data certa de início. Para alguns estudiosos, os seus primeiros sinais datam do século VI. Para a maioria dos estudiosos, ela teve início no século X, na Europa, na região da Normandia. Também foi construída na Alemanha. Muitos castelos medievais apresentam características da arquitetura românica, estilo usado com maior efusão nas igrejas.

O estilo antecedeu o gótico que surgiu por volta de 1100 e caracteriza-se, principalmente pela austeridade e robustez da construção, geralmente com paredes grossas e minúsculas janelas.

A Igreja da Cruz, única tipologia românica original construída em Blumenau.

Igreja da Cruz, construída por um empresário que conhecia a história de arte e que até hoje muito poucos Blumenauenses a conhecem, ao menos, sua existência.

De onde viemos?
Para onde vamos?
Que somos nós?

Um registro para a história.

Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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