Dólar fecha em queda, a R$ 5,70, com silêncio de Trump sobre tarifaço

O dólar fechou em queda de 0,38%, cotado a R$ 5,70, frente ao real nesta quinta-feira (20/2). Na véspera, ele havia fechado o pregão a R$ 5,72, em alta de 0,66%. Com o resultado, a moeda americana acumula queda de 2,28% no mês e de 7,69% no ano.

Na avaliação de Lucas Almeida, sócio da AVG Capital, apesar da queda de hoje, o cenário para o mercado de câmbio “ainda é de volatilidade”. “As novas tarifas anunciadas por Trump aumentam a incerteza no comércio global, e esse tipo de medida protecionista pode ter efeitos contraditórios”, diz. “Por um lado, fortalece o dólar no curto prazo pela busca de segurança, mas, por outro, pode gerar ajustes nos fluxos de capitais, beneficiando algumas moedas emergentes, como é o caso do real.”

Bruno Shahini, especialista em investimentos da fintech Nomad, observa que, no mercado doméstico, ainda há um “intenso fluxo de captação internacional pelas empresas brasileiras”, o que também contribui para o recuo da moeda americana. “O Itaú Unibanco emitiu US$ 1 bilhão de bonds com vencimento de 5 anos”, afirma. “A Raízen realizou outra operação no dia também, no valor de US$ 1,75 bilhões, com vencimentos de 12 e 30 anos.”

Nesta quinta, tiveram impacto positivo no comportamento do dólar frente ao real as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um eventual acordo comercial com a China. “É possível”, disse o republicano na quarta-feira (19/2), acrescentando que o presidente chinês, Xi Jinping, pode visitar os EUA. Para analistas, a cotação também se valeu da pausa dada pelo republicano na discussão sobre o aumento de tarifas de importação na economia americana.

Bolsa de Valores

A Bolsa brasileira (B3) opera estável no fim da tarde desta quinta-feira. Às 17 horas, o Ibovespa, o principal índice da B3, registrava alta de 0,10%, aos 127.430 pontos.

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