Servidor é investigado por agredir cão em hospital veterinário no DF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso de maus-tratos contra um cachorro nas dependências do Hospital Veterinário Público do Distrito Federal (Hvep), em Taguatinga. A apuração indica que, na manhã dessa quarta-feira (19/2), um servidor público vinculado à unidade de Zoonoses teria agredido o animal fisicamente com socos e chutes.

Em janeiro, o mesmo cachorro foi resgatado pela PCDF após viver “em condições deploráveis” dentro de uma casa na QR 2 da Candangolândia. Após a ação, o cão foi levado, justamente, para o Hvep, onde teria sido vítima novamente de maus-tratos. Os casos são investigados pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA).

Além das supostas agressões físicas feitas pelo servidor, o cachorro foi submetido ao uso abusivo e violento de uma ferramenta de captura. O objeto teria sido aplicado de forma excessiva em seu pescoço, causando-lhe sofrimento e risco à vida. Testemunhas presentes no local também relataram que o investigado, ao ser mordido pelo animal em razão das agressões, teria arremessado o cão no chão.

O servidor foi indiciado por maus-tratos a animais, bem como foi solicitado ao juízo criminal o afastamento de suas atividades que envolvam contato direto com os bichos. As investigações seguem em andamento. A DRCA ressalta que os maus-tratos contra animais configuram crime cuja pena é de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e perda da guarda.

Resgate em janeiro

Em 14 de janeiro, a PCDF, por intermédio da DRCA, deflagrou a operação Êxodo 6:6, com o objetivo de combater maus-tratos a animais no DF. Agentes cumpriram mandado de busca e apreensão de cerca de 100 cães que viviam “em condições deploráveis” em uma casa na Candangolândia.

Os cães resgatados apresentavam “suspeitas de zoonoses, magreza exacerbada, defecavam sangue e tinham feridas espalhadas pelos corpos”.

No local, conforme relatado, também foram encontradas crianças vivendo em condições igualmente precárias, dividindo espaço com os animais em um cenário de extrema degradação.

As investigações começaram após o recebimento de denúncias de ataques de cachorros a moradores e a outros animais na região. Durante as apurações, foi constatado que os cães eram mantidos em uma única residência, onde viviam em meio “a um ambiente insalubre, repleto de fezes, urina, carcaças de animais mortos e infestação por pulgas, carrapatos e sarna”.

O Metrópoles tenta contato com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, responsável pela Zoonoses, e com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que administra o Hvep, para solicitar posicionamentos. O espaço será atualizado assim que houver uma resposta.

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